Por matheus Moura
A filosofia é comumente associada à busca por saberes, por assim dizer, sociais. No entanto, há um ramo que se ocupa a estudar, quase que exclusivamente, os meandros da mente humana chamado de filosofia da mente. Surgida em 1949, a partir do livro The Concept of Mind, do filósofo inglês Gilbert Ryle (1900-1976), a filosofia da mente se detém em questões como: o que é a mente? O que é o pensamento? Qual a natureza do mental? O que é consciência? Será o cérebro o produtor da mente ou apenas o seu hospedeiro biológico? E assim por diante. Devido à abordagem diferenciada em relação ao físico e mental, ela chama a atenção de outras áreas do saber dentro da filosofia, como a filosofia da ciência, a filosofia da linguagem e a filosofia da psicologia. Talvez, o que mais se destaque na filosofia da mente seja seu método de pesquisa baseado na união entre as ciências que investigam empiricamente os fenômenos mentais. Ou seja, a aliança entre a filosofia (teórica) e a ciência (prática). Atualmente, o pensador mais conhecido do ramo, justamente por levar a filosofia à prática científica, é Daniel Clement Dennett (1942), autor de livros como Brainstorms: Philosophical Essays on Mind and Psychology e Content and Consciousness.
"FRASES"
"Assim como realmente a medicina em nada beneficia, se não liberta dos males do corpo, também sucede com a filosofia, se não liberta das paixões da alma." EPICURO DE SAMOS | "Se um homem não quer pensar por si, o plano mais seguro é pegar um livro toda vez que não tiver nada para fazer. É esta prática que explica por que erudição torna a maior parte dos homens mais estúpidos e tolos do que são por natureza (...)" ARTHUR SCHOPENHAUER |
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Dicionário de filosofia
Difícil é aquele que pela trilha da filosofia não se esbarrou em uma palavra ou expressão própria da disciplina ou, mesmo que comum, tendo um significado diferente do habitual. Pensando nisso, o português Aires Almeida, professor de filosofia, criou o Dicionário Escolar de Filosofia (Lisboa: Plátano Editora, 2009). Para aumentar o alcance e facilitar a vida de muito mais pessoas, desde 2009 está on-line a versão de 2003 do dicionário impresso. Nele, é possível ter acesso às principais palavras, expressões, frases e biografias do mundo filosófico. Ideal para estudantes do ensino médio e recém-graduandos. www.defnarede.com
PARA DEGUSTAR
De Aristóteles aos dias de hoje o senso estético vem intrigando os mais diversos pensadores. Questões como: o que faz algo ser bonito para um e feio para outro? Como se dá o gosto pelas artes? Há beleza no ridículo? - permeiam a mente inquieta dos filósofos. Como base para se pensar melhor sobre o belo e o feio, abaixo há a seleção de cinco livros sobre filosofia da arte ou estética.
OS FILÓSOFOS E A ARTE (Rocco, 2010), do filósofo brasileiro Rafael Haddock-Lobo.
UMA INVESTIGAÇÃO FILOSÓFICA SOBRE A ORIGEM DE NOSSAS IDEIAS DO SUBLIME E DO BELO (Editora da Unicamp, 2003) do filósofo irlandês Edmund Burke (1729-1797).
INTRODUÇÃO À FILOSOFIA DA ARTE (Ática, 2000) do filósofo Benedito Nunes.
A FILOSOFIA DO HORROR, OU PARADOXOS DO CORAÇÃO (Papirus, 1999) do filósofo, estadunidense Noel Carroll.
A FILOSOFIA DA ARTE (Jorge Zahar, 1986) do filósofo Jean Lacoste.
PALAVRAS E TERMOS
IMANÊNCIA (NA FILOSOFIA)
Imanência é o oposto de transcendência. Ou seja, remete à ideia de que o divino está presente e age em tudo que existe, diferentemente do conceito de transcendência, o qual prevê o divino como algo à parte do material - sendo por vez meta a ser alcançada. Podem-se considerar filosofias de imanência as teorias desenvolvidas por Baruch Espinosa (1632-1677) e, de certa forma, Hegel (1770-1831). O modo de pensar estoico, também, entende o divino de maneira imanente. Mais recentemente, o francês Gilles Deleuze (1925-1995) usou o termo imanência para se referir à própria "filosofia empirista". O próprio Deleuze chega a atribuir a Espinoza a alcunha de "príncipe dos filósofos", em função da teoria de imanência a qual Espinoza resume ao dizer: "Deus sive Natura" ("Deus é natureza"). Já para Kant (1724-1804), o conceito de imanência seria manter-se nos limites da experiência possível. Em outras palavras, algo como ceticismo empírico.
+ INFORMAÇÃO
ITALIANOS NA REDE
Neste espaço já foram apresentados pensadores gregos, alemães, franceses e ingleses que possuem sites ou textos referentes a eles na internet. Dando continuidade aos filósofos do velho continente, nesta edição são listados alguns intelectuais italianos com seus respectivos sites. Neles, o leitor encontrará informações básicas acerca de suas obras e posicionamentos.
UMBERTO ECO Página oficial
www.umbertoeco.com/en
MARIA GAETANA AGNESI
Agnes Scott College
www.agnesscott.edu
NORBERTO BOBBIO
Uol Educação
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u614.jhtm
CARLO MICHELSTAEDTER
Página Oficial
www.michelstaedter.it
ANTONIO GRAMSCI
International
Gramsci Society
www.internationalgramscisociety.org
SANTO TOMÁS DE AQUINO
Consciência.org
www.consciencia.org/aquinovidigal.shtml
ANTONIO NEGRI
Dossiê Antonio Negri
www.dossie_negri.blogger.com.br
ENRICO BERTI Facoltà di Lettere e Filosofia
www.filosofia.lettere.unipd. it/schede/berti.htm