etc, etc
Recorde-se que as repúblicas estudantis foram criadas pelo diploma régio de 1309 de D. Dinis, que ordenava a construção de casas na zona de Almedina destinadas a estudantes, mediante o pagamento de uma renda.
Quando se toma contacto com uma república salta à vista de imediato a prevalência da ideia de comunidade, pois estas casas são geridas pelos próprios estudantes residentes que, democraticamente, decidem as suas questões por consenso.
Hoje em dia, as Repúblicas são um meio alternativo à praxe, sendo muitas delas anti-praxe.
Na actualidade uma das Repúblicas mais activas social e culturalmente, e que se destaca na luta contra as bolorentas e caducas praxes académicas, é a República Marias do Loureiro situada na alta coimbrã, mais concreatamente na Rua do Loureiro, ao lado do Largo de S. Salvador.
Nas varandas do edifício desta República está afixado uma enorme bandeirola com os dizeres:
Não te submetas ao autoritarismo da praxe
Luta contra a alienação da tua liberdade
Diz não à praxe
…e mais abaixo:
Deita a praxe ao lixo
Entretanto no seu blogue retiramos este Manifesto pela Revolta:
Porque somos por um ensino público, gratuito e de qualidade.
Porque queremos ser estudantes e não clientes de uma universidade s.a.
Porque não nos revemos num Estado onde a voz da indignação e contestação sejam reprimidas com ordem de prisão.
Porque o direito à manifestação não pode ser reprimido.
Porque não podemos permitir que usurpem as nossas convicções.
Porque não admitimos que censurem ideologias divergentes.
Porque as vozes não se devem calar face às sucessivas medidas políticas que querem acabar com a educação para tod@s.
Porque a censura não pode ser tida como direito de um Estado que se apelida democrata.
Porque a definição de democracia não parece caber na hierarquia imposta na estrutura governamental.
Porque defendemos a democracia participativa onde as decisões políticas resultem de uma discussão onde tod@s possamos intervir.
Porque a política neoliberalista desumaniza as pessoas.
Porque não queremos viver num país onde só os privilégios de alguns sejam salvaguardados.
Porque os direitos e privilégios de alguns se conseguem em detrimento de nós.
Porque o Estado, o colectivo, somos tod@s nós.
Porque lutamos pela igualdade de direitos entre os géneros.
Porque não podemos consentir que se suprimam as liberdades individuais.
Porque recusamo-nos a ser governad@s por quemnão nos quer ouvir.
Porque não queremos regressar ao passado autoritário e repressivo.
Continuaremos a ser insurgentes.
Continuaremos a desobedecer.
De escrav@s dóceis do capital a lutador@s conscientes pela liberdade
http://republicadasmariasdoloureiro.blogspot.com/
Foto da República Bota-Abaixo
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