Ciências Humanas e Sociais
Seminário Pensamento Crítico Contemporâneo (26/4 , 3, 10, 17 e 18 de Maio)
A Unipop e a Associação de Estudantes do ISCTE-IUL organizam um seminário que pretende promover o debate sobre um conjunto de propostas teóricas que, posicionando-se criticamente face ao estado do mundo, têm procurado pensar as circunstâncias presentes e as alternativas que têm sido desenvolvidas no quadro da actual crise económica, mas também do ciclo de revoltas que, do Cairo a Wall Street, passando por Madrid, têm vindo a marcar o ritmo dos tempos que correm.
Ao longo de cinco sessões, o seminário colocará em confronto sensibilidades teórica e politicamente diversas que, organizando-se em torno de autores ou correntes, têm contribuído para a renovação do pensamento contemporâneo a nível da acção dos movimentos sociais, da pesquisa e investigação científicas ou ainda das práticas artísticas e culturais. Cada sessão contará com duas comunicações a cargo de investigadores que, da antropologia à filosofia, passando pela sociologia ou pela economia, entre outras áreas do saber, apresentarão os principais elementos de reflexão dos autores e correntes em questão, seguindo-se um breve comentário a cargo de um terceiro convidado que dará início a um período de debate entre todos os participantes no seminário.
O seminário destina-se a todas as pessoas interessadas em participar, independentemente da sua especialização profissional ou da sua situação académica.
Organização: UNIPOP e Associação de Estudantes do ISCTE-IUL
Local: ISCTE-IUL (Av. das Forças Armadas, Lisboa; Metro: Entrecampos / Cidade Universitária)
Datas: Dias 26 de Abril, 3, 10, 17 e 18 de Maio, das 18h às 20h30
Inscrições: 15 euros (inclui o acesso a todas as sessões e a todo o material em discussão no seminário).
A inscrição em sessão avulsa está limitada à disponibilidade de lugares, não sendo susceptível de reserva prévia. Nesse caso, o valor da inscrição é de 5 euros.
A inscrição deve ser feita por transferência bancária, através do NIB 0035 0127 00055573730 49, seguida de e-mail com o comprovativo para [email protected].
Lugares limitados.
No final do curso será emitido um certificado de frequência.
Programa:
26 de Abril
Auditório B103
Gayatri Spivak: a subalternidade sexuada, por Adriana Bebiano
Lila Abu-Lughod e o movimento feminista, por Shahd Wadi
Comentário de Manuela Ribeiro Sanches
3 de Maio
Auditório B103
Daniel Bensaid, cientificidade e contratempo no marxismo, por Carlos Carujo
Possibilidades: anarquismo e antropologia em David Graeber, por Diogo Duarte
Comentário de Miguel Serras Pereira
10 de Maio
Auditório B103
Keynes e keynesianismos, por João Rodrigues
Negri e Hardt: Império, multidão e comum, por José Neves
Comentário de Ricardo Noronha
17 de Maio
Auditório B103
Jacques Rancière e a política da emancipação, por Manuel Deniz Silva
Axel Honneth e Jürgen Habermas: uso público da razão, luta pelo reconhecimento e crítica do capitalismo, por Gonçalo Marcelo
Comentário de João Pedro Cachopo
18 de Maio
Auditório B104
Alain Badiou e a hipótese comunista, por Bruno Peixe Dias
Giorgio Agamben ou a desactivação, por André Dias
Comentário de Miguel Cardoso
Breve apresentação dos oradores:
Adriana Bebiano é investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e professora da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde é directora dos programas de mestrado e de doutoramento em Estudos Feministas. Doutorada em Literatura Inglesa, trabalha em Estudos Irlandeses, Shakespeare e Estudos Feministas.
Shahd Wadi é doutoranda em Estudos Feministas na Universidade de Coimbra e bolseira da FCT. Está a trabalhar num projecto sobre as representações dos corpos de mulheres palestinianas em produtos culturais e artísticos contemporâneos, como lugar de silenciamento e simultaneamente de resistência no contexto do conflito israelo-palestiniano.
Manuela Ribeiro Sanches é professora na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde investiga nas áreas dos Estudos Culturais, dos Estudos Pós-Coloniais e dos Estudos Literários, e é membro do Centro de Estudos Comparatistas.
Carlos Carujo é professor e mestre em Filosofia pela FCSH da Universidade Nova de Lisboa.
Diogo Duarte é formado em Antropologia, investigador do Instituto de História Contemporânea (FCSH-UNL) e doutorando na mesma faculdade com uma tese sobre a história do anarquismo e do Estado em Portugal.
Miguel Serras Pereira é autor, entre outros, de Da Língua de Ninguém à Praça da Palavra e Exercícios de Cidadania. É igualmente tradutor de inúmeros escritores e ensaístas de referência.
João Rodrigues é economista e investigador do CES, onde integra o Núcleo de Estudos sobre Ciência, Economia e Sociedade (NECES).
José Neves é professor na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e é investigador do Instituto de História Contemporânea da mesma faculdade. Tem trabalhado sobre comunismo, nacionalismo, historiografia e desporto.
Ricardo Noronha é investigador do Instituto de História Contemporânea da FCSH da Universidade Nova de Lisboa.
Manuel Deniz Silva é musicólogo, investigador do Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos de Música e Dança, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Gonçalo Marcelo é doutorando na FCSH da Universidade Nova de Lisboa, investigador da Unidade Linguagem, Interpretação e Filosofia da Universidade de Coimbra e professor assistente convidado de filosofia social e ética na Universidade Católica Portuguesa (Porto). Em 2011 co-editou o livro Ética, Crise e Sociedade.
João Pedro Cachopo é investigador nas áreas da Filosofia Contemporânea, da Musicologia e dos Estudos Literários, tendo-se doutorado com uma tese sobre o pensamento estético de Adorno.
André Dias é doutorando em Ciências da Comunicação/Cinema na Universidade Nova de Lisboa. Investiga as relações entre cinema e filosofia política. Organizou uma conferência sobre biopolítica e traduziu Giorgio Agamben.
Bruno Peixe Dias é investigador do Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa e da Númena – Centro de Investigação em Ciências Sociais e Humanas. Coordenou, com José Neves, a edição do livro A Política dos Muitos. Povo, Classes e Multidão (2010).
Miguel Cardoso é doutorando em Literatura Inglesa em Birkbeck College, University of London.
Ler mais:
http://unipop.webnode.pt/
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