Rosa Luxemburgo e o seu marxismo radical e heterodoxo
Ciências Humanas e Sociais

Rosa Luxemburgo e o seu marxismo radical e heterodoxo



"Liberdade apenas para aqueles que apoiam um governo ou que são membros de um partido – por mais numerosos que eles possam ser – não é liberdade. Liberdade é sempre e exclusivamente liberdade para quem pensa diferente."
Rosa Luxemburgo

"Freedom only for the supporters of the government, only for the members of a party – however numerous they may be – is no freedom at all. Freedom is always the freedom of the dissenter. Not because of the fanaticism of "justice", but rather because all that is instructive, wholesome, and purifying in political freedom depends on this essential characteristic, and its effects cease to work when "freedom" becomes a privilege "


"Without general elections, without unrestricted freedom of press and assembly, without a free struggle of opinion, life dies out in every public institution, becomes a mere semblance of life, in which only the bureaucracy remains as the active element. Public life gradually falls asleep, a few dozen party leaders of inexhaustible energy and boundless experience direct and rule. Such conditions must inevitably cause a brutalization of public life: attempted assassinations, shootings of hostages, etc."
Rosa Luxembrugo

"The leadership has failed. Even so, the leadership can and must be recreated from the masses and out of the masses. The masses are the decisive element, they are the rock on which the final victory of the revolution will be built. The masses were on the heights; they have developed this 'defeat' into one of the historical defeats which are the pride and strength of international socialism. And that is why the future victory will bloom from this 'defeat' "
Rosa Luxemburgo(últimas palavras)


http://militantesocialista.blogspot.com/
http://www.luxemburgism.lautre.net/spip.php?rubrique4
http://www.rosalux.de/cms/index.php?id=engl
http://libcom.org/tags/rosa-luxemburg
http://www.cddc.vt.edu/feminism/Luxemburg.html
http://www.spiegel.de/international/germany/0,1518,601475,00.html
http://pimentanegra.blogspot.com/2006/01/semana-vermelha-berlim-6-11-de-janeiro.html


Foi a 15 de Janeiro de 1919 que Rosa Luxemburgo foi assassinada pelos mercenários a soldo do partido social-democrata alemão em conluiu com a burguesia.

Com ela também morreram muitos revolucionários que participaram nas insurreições operárias ocorridas pouco antes em várias cidades da Alemanha.

A obra e o pensamento de Rosa Luxemburgo foi duramente criticada por outras correntes marxistas, entre as quais as que se abrigaram sob o legado leninista, mas a verdade é que hoje em dia a tese luxemburguista sobre a acumulação global do capital é vista como mais adequada para se compreender a globalização capitalista.


Breve biografia de Rosa Luxemburg (Wikipedia)

Rosa Luxemburgo, em polaco Róża Luksemburg (Zamość, 5 de março de 1871 — Berlim, 15 de janeiro de 1919), foi uma pensadora marxista e militante revolucionária polaca-alemã ligada à Social-Democracia do Reino da Polónia (SDKP), ao Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) e ao Partido Social-Democrata Independente da Alemanha.

Participou da fundação do grupo de tendência marxista do SPD, que viria a se tornar mais tarde o Partido Comunista da Alemanha (KPD).

Em 1914, após o SPD apoiar a participação alemã na Primeira Guerra Mundial, Luxemburgo fundou, com Karl Liebknecht, a Liga Espartaquista.

Em 1 de janeiro de 1919 a Liga transformou-se no KPD. Em novembro de 1918, durante a Revolução Espartaquista, ela fundou o jornal Die Rote Fahne (A Bandeira Vermelha), para servir de apoio aos ideais da Liga.

Luxemburgo considerou a insurreição espartaquista de Janeiro de 1919 em Berlim como um grande erro. Apesar disso, apoiou a insurreição ao lado de Liebknecht.

Quando a revolta foi esmagada pelas Freikorps, milícias de direita composta por veteranos da Primeira Guerra que defendiam a República de Weimar no conflito, Luxemburgo, Liebknecht e centenas de outros revolucionários foram presos, e assassinados.


As principais linhas do seu pensamento são:
- anticapitalismo
- antireformismo
-anti-nacionalismo e a rejeição da nação
-anti-imperialismo
-considerar o militarismo como um dos meios usados pelo imperialismo
-greve de massas como principal meio de luta política
-valorização da iniciativa popular e da espontaneidade das massas
-crítica ao centralismo de partido
-respeito pelas liberdades e democracia, e a defesa da auto-organização de democrática da classe operária ( conselhos operários)
-internacionalismo e solidariedade do proletariado mundial
-teoria da acumulação do capital ( acumulação global do capital)


Principais obras
• Reforma ou Revolução
• Acumulação do Capital
• Greve de Massas, Partidos e Sindicatos
• Introdução à Economia Política
• Questões de Organização da Social-Democracia Russa
• A Revolução Russa
• Que Quer a Liga Spartacus?

Em matéria de teoria económica a principal obra de Rosa Luxemburgo é a Acumulação do Capital onde defende a tese de que a reprodução do capital social enquanto processo de acumulação do capital deve reunir algumas condições para sua efetivação. Segundo ela, essas condições exprimem a contradição interna existente entre a produção privada e o consumo, de um lado, e o elo social de ambos.

Sendo assim, como a economia capitalista conseguiria realizar sua mais-valia, garantindo a acumulação? A solução proposta por Rosa Luxemburgo passa pelo abandono da hipótese de que capitalistas e operários são os únicos representantes no consumo social. Para ela, nenhuma sociedade capitalista esteve sob o domínio exclusivo da produção, isto é, no interior da sociedade capitalista existem mercados externos à reprodução capitalista. Esta é a única solução possível para que se realize a mais-valia destinada para acumulação; a demanda crescente por mercadorias, condição necessária para a acumulação, segundo a autora, é garantida pelos mercados externos.






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