Os livreiros propõem agitação cultural para enfrentar a crise
Ciências Humanas e Sociais

Os livreiros propõem agitação cultural para enfrentar a crise


Juan Miguel Salvador tinha um sonho aos 20 anos: viver rodeado de livros. «E como era jovem e inconsciente, meti-me na aventura de abrir uma livraria», graceja agora, vinte anos depois, aquele que é dono da livraria Diógenes em Madrid. Apesar da crise do sector, e do encerramento de 75 livraria por ano, ele não se arrepende.
A sua aposta para renovar o mercado consiste na agitação cultural e na novidade tecnológica. Diógenes é uma das 30 livrarias que acabam de implantar o novo sistema informático CEGAL (Confederacion Espanola de Grémios y Asociaciones de Libreros) na Internet e que constitui a primeira base bibliográfica do género e que foi apresentada no XX Congresso Nacional de Livreiros que terminou ontem em Madrid.
O objectivo da rede é inovar e superar os prejuízos. O segredo consiste em partilhar as fichas informatizadas de todos os livros existentes e que se possam vender. Caso um cliente procure um exemplar de uma obra que só existe num certo estabelecimento, o programa identifica-o e faz o pedido.
Outra das propostas de difusão livreira é a que é protagonizada pela livraria Rafael Alberti em Madrid: «Isto não é um mero estabelecimento comercial onde se vendem livros, mas sim um espaço de convivência em torno da leitura e do pensamento. Alarga-se assim o leque de pessoas que acorrem à livraria.», declara Lola Larumbe, responsável pela livraria onde autores e leitores se encontram regularmente para a realização de tertúlias literárias.
A livraria Sintagma, no El Ejido, também realiza encontros com grandes autores, que se alternam com outros menos conhecidos. O seu responsável – Prémio Livreiro Cultural 2006 – afirma: «O nosso segredo é tornar participantes os clientes neste nosso projecto».
A aposta utópica chega de Málaga onde o veterano livreiro Francisco Puche propõe as «livrarias solares» onde só existam materiais reciclados e se utilizem as energias renováveis, como acontece com a sua Livraria Prometeo: «Falámos muito de crise, mas a mais grave de todas é a ecológica e o petróleo»

Fonte: El País de 10 de Março de 2007

http://www.traficantes.net/

http://www.libreriaalberti.com/

http://www.libreriaproteo.es/




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