Ciências Humanas e Sociais
Hoje há cinema comunitário anti-G8 na Casa Viva às 22h.
A uma semana da próxima Cimeira do G8, no Japão, a 3ª sessão de Cinema Comunitário mostra protestos registados nos últimos anos contra os líderes dos oito países mais industrializados do planeta Terra.
22h00 Genoa Libera 2001, de Globalize Resistence (30')
em Inglês e Italiano
22h30 A ponte de Aurbounne 2002 (8')
em Inglês
22h38 Shut Down Gleeneagles 2005 e outros pequenos vídeos (30')
em Inglês
23h08 G8 Heiligendamm 2007
em Inglês
Nota: os filmes não estão legendados em português, no entanto, na maior parte, resumem-se a montagens de imagens de protestos, de grande violência, que falam por si.
Iniciativa e programação:
http://www.cinemacomunitario.blogspot.com/
CasaViva
praça marquês de pombal 167 porto
entrada livre (bate o batente)
G8, uma historia breve...
A história começa no conturbado ano de 1973 quando uma crise energética, provocada pelo aumento dos preços dos barris da OPEC, desencadeou uma crise económica com repercussões globais. O império contra atacou com uma conferência internacional na Casa Branca, composta pelos dirigentes das maiores potencias internacionais, que deu origem à formação do chamado Library Group.
Em 1975, o então presidente Francês, Valery Giscard d’Estaing (Autor do projecto da, para já falhada, Constituição Europeia), convocou uma nova conferência em paris e formou-se assim o grupo do G6. No ano seguinte o Canada juntou-se à festa, e finalmente após a queda do muro de Berlim o grupo completou-se com a chegada da Rússia.
Hoje em dia o G8, composto pelos 8 países mais industrializados do planeta (Estados Unidos da América, Reino Unido, Alemanha, Canada, Japão, França, Itália e Rússia) representa aproximadamente 65% da economia global, embora o total dos 8 países apenas represente 14% da população do nosso pequeno planeta.
Uma vez por ano os presidentes dos respectivos membros juntam-se para um bacanal politico e um circo mediático sem igual, com muitos cocktails, apertos de mãos e fotografias nas primeiras paginas de jornais.
Na Cimeira de Gleneagles (2005) assinou-se um tratado histórico onde os 8 comprometeram-se a reduzir a divida externa de 14 países africanos, e o aumento de ajuda humanitária, embora até hoje pouco ou nada de prático tenha sido concluído.
Criticas
Desde 1975 que o G8 é alvo de criticas por parte de vários grupos, dos mais variados espectros políticos (Activistas Ambientalistas, Marxistas, Anarquistas, Feministas, direitos civis, direitos humanos, anti-patentes, anti globalização, etc).
As criticas são também variadas:
- Divida do terceiro mundo.
- Politicas de mercado injustas.
- Falta de acção ambiental.
- Monopólio de patentes medicinais e naturais.
- Iraque, Palestina, etc...
No fundo da questão reside um conflito fundamental. O da legitimidade de um grupo anti democrático de 8 auto-proclamados lideres do planeta, de tomar decisões com repercussões globais.
Os primeiros ecos de resistência organizada surgiram em 1998, quando a Rússia entrou na festa, em Birmingham (Inglaterra). Desde então os protestos multiplicaram-se.
Em Junho de 1999 na Cimeira de Colónia(Alemanha) um exagerado aparato policial deu origem a confrontos violentos entre as autoridades e os “críticos”. A cena voltou a repetir-se em Génova (Itália) resultando na morte, a tiro, de um jovem anarquista italiano pelas autoridades.
Desde então os 8 têm-se reunido fora de grandes cidades com o intuito de reduzir os protestos. Em Junho de 2002 a cimeira teve lugar no meio de um parque natural em Kananaskis (Canada) obrigando os “críticos” a encontrarem formas mais criativas de protesto.
Os confrontos repetiram-se nas ultimas 5 conferências, em Evian (Franca, 2003), em Sea Island (USA, 2004) em Gleneagles (Escócia,2005) em São Petersburgo (Rússia, 2006) e Heiligendamm (Alemanha 2007).
Dia 7 de Julho inicia-se a 34ra cimeira do G8 em Toyako no Japão. Para esta cimeira é esperado, para além da sinfonia de propaganda que normalmente se gera nestes eventos, uma série de protestos um pouco por todo o continente Asiático.
Enquanto a “festa” não começa, aparece na Casa Viva na terça feira dia 1 de Julho para descobrires um pouco
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