Fórum internacional do Condomínio da Terra ( 4 e 5 de Julho em Vila Nova de Gaia): como organizar a vizinhança global?
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Como organizar a vizinhança global? Ao descobrirmos que entre a crosta terrestre, o mar, a atmosfera e os seres vivos, existe uma rede complexa de interligações permanentes que sustentam a vida no planeta, temos de adaptar a nossa organização a este funcionamento global da Biosfera. Afinal somos todos vizinhos. Este será talvez maior desafio que se colocou até hoje à humanidade. O desafio que o Fórum do Condomínio da Terra pretende lançar aos seus convidados e a todos os cidadãos será: Como vamos organizar uma vizinhança que descobrimos agora ser global?
PROGRAMA de 4 de Julho 2009 9:00 – Sessão de abertura e boas-vindas aos participantes Luís Filipe Menezes – Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova Gaia
Plenário 1 – Vizinhança Global Ambiental Porquê e como o funcionamento global da biosfera nos transformou em “Vizinhos Globais”? Tópicos de discussão: • Podemos ou não, em qualquer ponto do planeta, afectar de forma positiva ou negativa partes do sistema natural terrestre que circulam e se relacionam de forma algo incerta por todo o planeta? • Somos ou não todos funcionalmente dependentes destas partes, a saber : Atmosfera, Hidrosfera e Biodiversidade? • A manutenção destas partes é ou não em grande medida feita pelos serviços prestados pela Biodiversidade? • Qual a dimensão destes serviços e, quais as suas fronteiras? • Qual a dimensão dos danos e, quais as suas fronteiras? Moderadora Arminda Sousa Deusdado – Produtora do Biosfera. Portugal Oradores Neilton Fidelis Luiz Pinguelli – Director dos Programas de Pós-Graduação de Engenharia – COPPE/UFRJ e Secretário executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas. Brasil
11:00 – pausa para café
Henrique Miguel Pereira – Investigador Ciência 2007. Portugal Uilton Tuxá – Membro do Comité Executivo da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo. Brasil
13:00 – almoço livre
14:30 Plenário 2 – Vizinhança Jurídico-ambiental A Dimensão Jurídica da “Vizinhança Global Ambiental”, e quais as soluções possíveis? Tópicos de discussão: • A atmosfera e a hidrosfera poderão ser juridicamente divisíveis? • E os serviços prestados pela Biodiversidade? • É ou não necessário distinguir a titularidade ou soberania exercida sobre os ecossistemas, dos serviços globais que estes prestam? • Como poderemos conciliar a necessidade de cada Estado exercer a soberania sobre o seu território com o funcionamento global da Biosfera? • É ou não juridicamente possível articular a prossecução de interesses comuns, com o exercício de direitos individuais que se exercem sobre o mesmo bem materialmente indivisível? • Criar uma distinção entre partes juridicamente indivisíveis e as partes juridicamente divisíveis, poderá ou não ser um caminho para conciliar a prossecução de interesses comuns com os interesses individuais de cada estado? Moderadora Carmela Grüne – Presidente executiva do Jornal Estado de Direito. Brasil Oradores Jose Manuel Sobrino – Professor de Direito Internacional Público. Espanha Resumo da apresentação: Desarrollo sostenible, calentamiento global y recursos vitales para la humanidad El calentamiento global es una realidad sobre la que existe un amplio consenso científico. Sus consecuencias adversas constituyen una preocupación común de toda la humanidad. Las distintas respuestas para frenar o paliar este proceso parten de un enfoque precautorio y del reconocimiento de responsabilidades comunes pero diferenciadas de los distintos Estados en atención al grado de desarrollo que tengan, así como de la necesidad de un desarrollo sostenible que garantice la preservación de ciertos recursos y ciertos bienes que sirven de soporte a la vida en nuestro planeta y que por ello son vitales y comunes para la humanidad. El sistema climático, del que estos recursos vitales directamente dependen pasa a tener así una dimensión patrimonial puesto que conlleva la idea de transmisión de un clima apto para la vida de nuestra generación a las futuras. Maria da Glória Garcia – Professora de Direito e membro do Grupo Europeu de Direito Público. Portugal
16:00 – pausa para café
Klaus Bosselmann – Director do Centro de Direito Ambiental da Nova Zelândia. Nova Zelândia Viriato Soromenho-Marques - Professor catedrático na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa,regendo as cadeiras de Filosofia Social e Política e de História das Ideias na Europa Contemporânea (licenciatura). Coordena, igualmente, o mestrado em Filosofia da Natureza e do Ambiente. Portugal
PROGRAMA de 5 de Julho 2009
9:00 Plenário 3 – Vizinhança Económico-ambiental A Dimensão Económica da “Vizinhança Global Ambiental,” quais as soluções possíveis? Tópicos de discussão: • Se a nossa economia só atribui valor à natureza depois de a destruir ou a transformar, será possível atribuir um valor pelos serviços que ela presta, e que são vitais para a qualidade de vida humana? • Deve ou não a manutenção dos ecossistemas e dos serviços vitais que eles prestam ser considerada uma actividade económica? • É possível falar de economia ambiental sem existir uma articulação com o conceito jurídico de partes comuns? • Como conseguiremos articular a prossecução da contabilidade ambiental a nível de cada estado, com o funcionamento global da Biosfera? Moderador Juliano Sousa Matos – Secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Brasil Oradores Bill Mckibben – Ambientalista, escritor e grande activista internacional. EUA Pushpam Kumar – Professor de Economia e Gestão Ambiental. Inglaterra
11:00 – pausa para café
Fernando Nobre – Investigador Ciência 2007, Portugal Colin Soskolne – Professor de Epidemiologia. EUA
13:00 – almoço livre
14:30 Plenário 4 – A Valorização Jurídica e Económica da Interdependência Global – Condomínio da Terra De que forma a recém-descoberta “Vizinhança Global Ambiental,” implica que encontremos uma nova combinação entre as Ideias e a Vida? Tópicos de discussão: • Será possível continuar a exercer a soberania por parte de cada Estado, sem a prossecução de interesses comuns? • Está ou não ultrapassado o conceito de soberania, que tem já cerca de 500 anos? • Existe a necessidade de uma Governança Global? • Será que ela só poderá ser resolvida com a distinção entre as partes juridicamente divisíveis e as indivisíveis? • Qual poderá ser o critério válido para uso destas partes indivisíveis? • A valoração dos serviços ambientais articulada com um novo conceito de partes comuns poderá ou não conduzir a uma maior equilíbrio ambiental e social? • O modelo do condomínio poderá ou não, ser um ponto de partida responder á necessária complexidade das relações entre os povos, e entre estes e o planeta que habitam? Moderadora Luísa Schmidt – Co-fundadora do Observatório do Ambiente, Sociedade e Opinião Pública. Portugal Oradores Martí Boada – Prémio Global 500 das Nações Unidas. Espanha D. Manuel Martins – Bispo católico com várias medalhas de mérito. Portugal
16:00 – pausa para café
Purificación Canals – Presidente da DEPANA e conselheira regional da UICN para a Europa. Espanha Paulo Magalhães – Jurista, ambientalista, autor do “Condomínio da Terra.” Portugal
19:00 Cerimónia de Assinatura da Declaração de Gaia
SOUND GAIA Gaia Sã, Concertos pelo Condomínio da Terra 3 e 4 de Julho – 21h30 Rui Reininho Paulo Praça Geraldo Azevedo The Weatherman Nova Arcadia Norton Mustafa Al-Ammar e muito mais!
Video Gaia / Porto - Condomínio da Terra Promoção do Gaia Commitment - Earth Condominium International Forum
- A Ética Da Terra
A Ética da Terra é uma das várias perspectivas da ética ambiental que opera uma inversão entre o sujeito ético tradicional e o horizonte ético onde têm lugar as nossas acções. A compreensão do ser humano passa a ser perspectivada em função...