Festival Sons do Mundo - Blues - dias 12 e 13 Outubro no Centro de Artes e Espectáculos de Portalegre
Ciências Humanas e Sociais

Festival Sons do Mundo - Blues - dias 12 e 13 Outubro no Centro de Artes e Espectáculos de Portalegre



http://www.caeportalegre.blogspot.com/


Dia 12 de Outubro - Little Freddie King
Grande Auditório
Inicio 21.30h
Preço único 10€


O verdadeiro nome de Little Freddie king é Fread E. Martin, e nasceu em McComb, Mississipi, no ano de 1940, perto da rua onde morava Bo Diddley.
O seu pai, Jessie James Martin (assim chamado pelo dono de uma plantação em homenagem ao famoso bandido), foi um guitarrista de blues que trabalhou no circuito sulista de artistas negros do Delta. São daí as suas primeiras recordações, de quando o pai o levava à cidade quando ia tocar: “ ficava cá fora à entrada das “juke joints” e escutava atentamente o som que vinha lá de dentro. Ele passava o tempo todo a tocar, a beber e a divertir-se, assim como toda a gente.”

Freddie eventualmente aprendeu a tocar guitarra sozinho, e começou desde cedo a desenvolver o seu estilo de Country Blues, a que ele chama "Gut Bucket Blues” (que se poderá traduzir livremente por “Blues Sujos vindos das Entranhas").
Com 14 anos, Freddie “apanhou” um comboio desde a quinta onde trabalhava até Nova Orleães, onde ficou com a sua irmã. Aí conheceu músicos tão fundamentais para o som da cidade como Buddy Guy e Slim Harpo.

Foi no início dos anos 60 que Freddie ficou com a alcunha de "Little Freddie King", nome que usou sempre a partir daí, inspirado no famoso guitarrista de blues Freddie King.
“King era bastante conhecido nessa época devido aos instrumentais “Hideaway” (depois tocada por Eric Clapton, entre outros) e “San-Ho-Zay". As pessoas diziam-me constantemente que soava exactamente como ele, porque eu conhecia todas as suas músicas, e então começaram a chamar-me “Little”, e assim ficou…”
A história ainda se torna mais interessante porque anos depois “Little” começou a tocar baixo em N. Orleães na banda do “Big” Freddie King, só não dando o pulo com ele para o Texas devido a outros compromissos.

Os anos 60 foram anos de intensa actividade para Little King, tocando com músicos de Blues como Babe Stoval, Polka Dot Slim, Guitar Grady, Guitar Ray, Snooks Eaglin, Billy Tate, Harmonica Williams, Boogie Bill Webb, Rev Charles Jacobs, Harmonica Slim e Eddie Lang.

Little Freddie King tornou-se num membro habitual e numa das atracções do famoso Festival de Jazz de N. Orleães, e fez digressões pela Europa com Bo Diddley e o mítico John Lee Hooker.
O seu álbum de 1970, "Harmonica Williams and Little Freddie King", é considerado pelos críticos o primeiro registo de blues eléctrico gravado em N. Orleães.
A sua digressão mais inesquecível foi feita em 1981, quando embarcou numa viagem de seis meses pelos Estados Unidos, chegando a tocar em universidades e a participar em palestras sobre blues.

Desde a passagem do milénio, King tem-se mantido muito ocupado, tocando em Montreaux (Suiça), no prestigiado Festival de Jazz, e em festivais de Jazz e blues pelo mundo inteiro, como em Ottawa (Canadá), Nancy e Lille (França), Burnley (Inglaterra), Debrecen (Hungria), assim como em vários festivais nos E. Unidos, em N. Orleães, Portsmouth, Savannah, Nova Iorque, etc.

Site da editora Fat Possum:
www.fatpossum.com/media_kits/littlefreddie




Dia 12 de Outubro – Petit Vodo
Café Concerto
Inicio 24.00h
Preço único 5€

Petit Vodo é o nome do mentor de um original projecto de blues, iniciado em 1997, que começou a sua carreira de músico como baterista de um grupo de blues na sua cidade natal, Bordéus. Vodo toca simultaneamente bateria, guitarra, harmónica e vozes, além de incorporar pedaços de programas de rádio e samples nas suas actuações ao vivo.
A sua carreira discográfica iniciou-se com o mini-álbum “Monon”, de 1998, seguido em 2000 do álbum “69 Stereovox” e de “A Little Big Pig with a Pink Lonely Heart”, em 2004.
Ao vivo, Petit Vodo pode ser descrito como uma mescla do eclético e anárquico Beck, com o trash-rock estético de Hasil Adkins e a entrega frenética em palco de John Spencer, dos Blues Explosion.
As suas maiores influências são mestres do blues, tais como Slim Harpo, Skip James, Dan Pickett e Lighting Hopkins, e outros artistas contemporâneos de nomeada, como G-Love, Beck e os já defuntos Morphine.
Vodo não descarta, porém, influências como o rock and roll experimental de grupos como os Doo Rag, 20 Miles e The Lonesome Organist.
Conceituado no seu país (França), depois de fazer as primeiras partes do famoso grupo de rock Noir Désir, assim como digressões europeias com artistas tão diferentes como RL Burnside, T-Model Ford, Mettalica e Andre Williams, Petit Vodo tem sido capaz de construir a reputação ao vivo de um artista que é uma autêntica “one man band”, uma explosão de blues que atormenta e deslumbra, que como os críticos a apelidam, é “verdadeiramente sulfurosa”.
Depois de concertos esgotados na sua estreia na Inglaterra, Vodo fez as primeiras partes dos Gallon Drunk e dos Penthouse, além da passagem de músicas suas nos principais programas de rádio britânicos, como o do influente e nunca por demais recordado John Peel e o de Steve Lamacq, ambos na BBC, assim como excelentes críticas aos seus álbuns e concertos ao vivo em revistas de referência como a “Mojo”, “NME”, “Melody Maker”, “Kerrang!” e “Music Week”.
O seu trabalho mais recente é “Paradise”, álbum de 2006, lançado pela editora Lollipop.

http://vodo.free.fr/
www.myspace.com/petitvodo


Dia 13 de Outubro - David "Honeyboy" Edwards
Grande Auditório
Inicio 21.30h
Preço único 10€



David "Honeyboy" Edwards, nascido no ano de 1915, em Shaw, Mississipi, é um dos últimos originais "bluesmen" acústicos do Delta. É uma lenda viva, e a sua história é parte da História do blues.
Como dizem os americanos, Honeyboy é “the real deal/o produto original”.

A vida de Edwards está interligada com muitas das legendas do blues, incluindo Robert Johnson, Charlie Patton, Big Joe Williams, Sonny Boy Williamson, Howlin' Wolf, Peetie Wheatstraw, Sunnyland Slim, Lightnin' Hopkins, Big Walter, Little Walter, Magic Sam, Muddy Waters, e... bom, digamos apenas que a lista não termina por aqui…
Em 1942, Alan Lomax (musicólogo autor das gravações mais importantes da história do blues, feitas através da América inteira) gravou Honeyboy em Clarksdale, Mississipi, para preservação na Livraria do Congresso, num total de 15 faixas.

Edwards não voltou a gravar comercialmente até 1951, quando a sua música "Who May Your Regular Be", foi passada a vinil pela “Arc Records”. Na mesma época, gravou também "Build A Cave" como Mr. Honey, para a editora Artist.
Mudando para Chicago no início dos anos 50, Honeyboy começou a tocar em pequenos clubes e esquinas de rua, tendo como companheiros Floyd Jones, Johnny Temple, e Kansas City Red.
Em 1953, Edwards gravou para a prestigiada Chess Records uma série de músicas que se mantém inéditas, excepto o clássico "Drop Down Mama", que foi incluído numa colectânea.

Em 1972, Honeyboy conheceu Michael Frank, encetando uma amizade que os levou quatro anos depois a tocar em dueto como “The Honeyboy Edwards Blues Band”.
Em 1979, com os amigos Sunnyland Slim, Kansas City Red, Floyd Jones e Big Walter Horton gravou o clássico álbum "Old Friends".
As gravações de Honeboy recolhidas pela Livraria do Congresso e outras mais recentes foram compiladas em 1992 na antologia "Delta Bluesman".
Além destas gravações, Honeyboy escreveu uma série de êxitos do blues, incluindo "Long Tall Woman Blues", "Sweet Home Chicago" e "Just Like Jesse James".

Aos 93 anos, Honeyboy Edwards continua a palmilhar os palcos da Estrada do Blues, viajando de “juke joints” para clubes nocturnos e festivais de blues, tocando a verdadeira música do Delta e continuando a espantar os seus fãs de todas as idades.

Site oficial: http://www.davidhoneyboyedwards.com/
My Space: www.myspace.com/honeyboyedwards


Dia 13 de Outubro - Reverendo Vince Anderson
Café Concerto
Inicio 24.00h
Preço único 5€



O Reverendo Vince Anderson nasceu em período de férias em 1970, no Monte Palomar, Califórnia, à época o maior telescópio do mundo.
A família de Anderson mudou-se seguidamente para a cidade de Fresno, onde o futuro Reverendo cresceu influenciado pela música cristã menos convencional.
Depois de terminar o secundário, começou os seus estudos de música clássica, entrando para o Conservatório do Pacífico, onde estudou piano Clássico.
Foi neste local, que segundo ele próprio recebeu a “vocação” para servir Deus.

Depois de São Francisco e Denver, onde ministrou serviços religiosos para os inadaptados da sociedade americana, o já Reverendo Anderson mudou-se em 1994 para Nova Iorque, para estudar Teologia no Seminário Metodista.
Os 3 meses que esteve no Seminário serviram apenas para descobrir que Deus o chamava para tarefas espirituais em lugares menos convencionais, como bares e tabernas. Consequentemente, agarrou num acordeão e num piano, e começou a dar serviços semanais nos bares mais mal frequentados do Lower East Side nova-iorquino e em Brooklyn.

Depois de uma breve estadia com a Igreja da Vida Universal, o Reverendo criou a sua própria igreja, denominada Igreja do Espírito Inquieto de Deus em Cristo, cujos membros são recrutados nos próprios concertos, e que é sediada em qualquer lugar onde o Reverendo actua.
A sua forma de chamamento espiritual está, segundo o próprio, baseada na inclusão e na abertura a todos os membros da sociedade, através do caminho espiritual individual. Anderson, como membro ordenado já celebrou inúmeros casamentos e baptismos.

A sua música é por ele denominada "Dirty Gospel/Gospel Sujo", título que não pretende ofender, mas lembrar as pessoas que a humanidade é uma parte importante do Gospel. Refere-se também aos elementos do Blues puro que o Reverendo “invoca” para a sua música.
Ainda nas palavras de Anderson, “o Dirty Gospel permite tanto o sagrado como o secular, já que a linha entre ambos é muito ténue”.
A esperança do Reverendo Anderson é que todos os espectadores se possam relacionar com o seu Gospel sujo, independentemente das suas crenças religiosas.

Em 2000, o Reverendo criou a sua própria editora, obviamente chamada “Dirty Gospel”, na qual lançou os álbuns “I Need Jesus”, “ The 13th Apostle”, “The Blackout Sessions” e o próximo "100% JESUS".
Anderson tem ultimamente realizado serviços nocturnos religiosos com a sua banda nova-iorquina "The Love Choir/ O Coro do Amor", assim como extensas digressões pelo mundo, espalhando a sua mensagem de música, amor e aceitação de todos.

Site oficial: http://www.reverendvince.com/
My Space: www.myspace.com/reverendvinceanderson


Livre Trânsito para todos os concertos 20 €



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