Ciências Humanas e Sociais
Contra as Bases Militares Estrangeiras
Pela Abolição do Militarismo
Conferência Internacional contra as Bases Militares Estrangeiras, organizada pela Rede Mundial «No-Bases» (International Network for the Abolition of Foreign Military Bases) entre 5 a 9 de Março em Quito, no Equador
Activistas, académicos e políticos de todas as regiões do mundo empenhados a favor da paz estão neste momento reunidos em Quito e Manta, no Equador, entre os dias 5 a 9 de Março a propósito da realização da Conferência Internacional pela Abolição das Bases Militares Estrangeiras espalhadas pelos quatros cantos do mundo.95% das bases militares instaladas em território de outros países pertencem aos Estados Unidos da América, e os restantes 5% à França, ao Reino Unido, Índia e outros países. Apesar do ponto principal da reunião incida sobre a presença militar do exército norte-americano em muitos países do mundo, o objectivo da reunião é mais vasto e pretende analisar o «papel das bases militares estrangeiras e outras formas de presença militar estrangeira dentro da estratégia de dominação mundial e os seus impactos sobre a população e o meio ambiente.»Outro objectivo da Conferência é formalizar e fortalecer a rede mundial «Não às Bases» que é integrada por 300 organizações civis de todo o mundo e que nasceu no seio do Fórum Social Mundial.«Esta é a primeira vez que a Rede articulada a nível electrónico se reúne fisicamente para potenciar a luta contra as bases a nível local e a nível global. Num mundo globalizado é necessário debater como uma Rede global põe fortalecer uma rede local e vice-versa e como se pode dar a articulação das lutas e resistências», afirma Anabel Estrella, coordenadora da Conferência.
A tarefa desta Rede de activistas é gigantesca se se tomar conta que os protestos pacíficos visam desafias a política belicista dos Estados Unidos, esse gorila das mil libras, como lhe chama o conhecido intelectual Noam Chomsky. Nesse desafio estam implicados milhões de pessoas de todo o lado que têm levado à organização e à realização de multitudinárias marchas e mobilizações contra a Guerra nos últimos 5 anos, desde que começou a Guerra do Iraque. Algumas dessas figuras estarão presentes na Conferência como é o caso da norte-americana Cindy Sheeham, do filipino Walden Bello, da mexicana Ana Esther Ceceña, de Lidesey Collen, da australiana Hannah Middletom, da professora portoiquenha Deborah Santana, do grego Athansios Pafílis.A ideia é aquilatar da dimensão das bases militares estrangeiras no mundo. Dados já adiantados mostram-nos que em 2005 existiam 735 bases militares dos Estados Unidos distribuídas pelos cinco continentes. Essas bases representam um valor aproximado de 127.000 milhões de dólares. O total de pessoal militar residente nessas Bases totalizará 1.840.062, que é apoiado por 473.306 funcionário civis do Departamento de Defesa e 230.328 funcionário locais. Além disso, o Pentágono é o maior latifundiário do mundo uma vez que as suas Bases ocupam 12 milhões 726 mil e 669 hectaresNote-se que essas 735 Bases não incluem os chamados Postos avançados de Operações ou os Centros de Segurança Cooperativa, resultantes de acordos de acesso e cooperação assinados com os governos servis dos Estados Unidos e cujo número se eleva a mais de 1.000 locais em todo o planeta. A presença militar não consiste apenas em soldados armados, mas disfarça-se frequentemente sob a capa de missões de ajuda humanitária, missões médicas, missões de construção de escolas, etc.Na América Latina a base Howard no Panamá foi desmantelada e substituída por outras quatro bases: Compalapa em El Salvador, Reina Beatriz em Aruba, Hato Rey em Curazao y Manta no Ecuador. EM porto Rico existe a de Vieques, nas Honduras há a base de Soto Cano/palmerolas. A estas há a acrescentar a base de Guantánamo que os Estados Unidos ocupam na ilha de Cuba e que se tornou muito conhecida por nela estarem detidos alguns dos chamados inimigos dos Estados Unidos e sobre eles se praticar múltiplas formas de tortura e experiências. A isto deve-se acrescentar 17 radares distribuídos por diversos países latino-americanos como Peru e Colômbia.A Conferência terminará com uma grande Marcha que sairá de Quito em direcção a Manta onde simbolicamente se realizará um acto público contra a bases norte-americana instalada na cidade, cujo porto foi inteiramente militarizado em prejuízo dos pescadores, para além da sua tradicional tranquilidade ter sido completamente destruída com a chegada dos militares norte-americanos em 2000.
Nota: Os dados foram recolhidos em «737 U.S. Military Bases = Global Empire», escrito por Chalmers Johnson
Para consultar o programa da Conferência e as dezenas de oradores que irão intervir:
http://www.no-bases.net/
Ver ainda:
http://alainet.org/active/15986
http://www.ecuador.indymedia.org/es/index.shtml
As Populações não querem Bases militares estrangeiras nas suas terras
OUTRO MUNDO É POSSÌVEL…se disseres BASTA às Bases Militares Estrangeiras!
Another World is possible if we say “Enough” to the foreign bases implemented around the world due to the negative political, environmental, social and cultural impacts.The members of the International Organizing Committee (IOC) of the International Conference for the Abolition of Foreign Military Bases, Herbert Docena from Focus on the Global South from Philippines, Andrés Thomas from Democracy Now in USA; Corazón Fabros Valdez from Philippines, member of the International Organizing de Filipinas, integrante del IOC; Lina Cahuasquí, from the Ecuador No Bases Coalition, held a press conference to inform on the main objectives of the No Bases Conference. More than 400 participants from 50 countries will be participating in the Conference that will take place in Quito and Manta from March 5-9.There are more than 1.000 foreign military bases around the world. The US, Russia, China, the UK and Italy have foreign military bases. Most of them belong to the US. According to official figures, there are 737 US bases in different countries. This does not include the secret military bases, such as the 4 installed in Iraq. In Germany there are 81 US bases and 37 in Japan. Military bases are used in Iraq for destruction and death. Philippines had military bases in the US for more than 100 year to attack Vietnam and other countries. In this country, one of the most important effects was on human rights and democracy. US supported dictator Marcos with huge amounts of money in exchange of keeping the foreign military bases. Without the support, such a long dictatorship would not have been possible. Only after 1992, after occupation, we see the contamination. We oppose to the invasion in Iraq and Afghanistan. We rejected the plans to install new bases in these countries and to attack Iran. In Iraq, the negative effect in terms of military and death have been possible, by the installed foreign military bases in that country. Vieques, in Puerto Rico, was contaminated with heavy, chemical metals and with nuclear (Uranian reduced) remainders that effected the water, the human beings and the atmosphere.In Ecuador, what was offered by the US didn't take place or had negative results. The action has been limited to improve the runway while infantile prostitution, the birth of non-recognized children, and the number of unwished pregnancies have increased. The United States has exceeded their functions when intercepting and sink boats with migrantes. From the base of Manta the boats with drugs are intercepted and they fight the guerrilla.The national bases opened to joint activities do not escape to being catalogued as foreign bases. In Asia, concretely in Japan and the Philippines, the United States has taken part fixing the accesses to the bases. In exchange for this, the United States can use those accesses and store ordnance. This has been possible by a bilateral agreement to use specific places, nevertheless, the United States uses any place of the Philippines for the joint military maneuverses. Several bases are presented like places of cooperation and interchange, but these sites maintain communications equipment and are used to spy, as it happens in New Zealand.In spite of the described panorama, the present world-wide frame of fight against the foreign military bases inspires and gives energy to us. In Italy more than 100 thousand people marched out to express that they will not longer accept the violation of the sovereignty of Italy. We celebrated that the Puerto Rican town has chosen a non-violence active way for the closing of Vieques, after 60 years of American military presence, and is demanding the decontamination and the return of earth. Ecuador said no to a proposal of the United States to install another military base in the island of Baltra in Galápagos, Panama obtained the exit of the Navy military of the United States. We also celebrated the cease of joint military maneuverses in Uruguay, Argentina and Brazil.The international Community is here to support the Ecuadorian town in its fight against the base of Manta, as well as to request the support of this town in the fight against the bases of the world. The position of the Ecuadorian Government inspires us to close the base of Manta. But also we are worried about the pressure that exerts the United States on the Ecuadorian Government in order to maintain it. We know that the paper of the Government of Ecuador is the key. We invited president Rafael Correa to our Conference so that the delegates can take the message to their countries that yes it is possible forsmall countries of the South like Ecuador, to defend the peace and the sovereignty, and to say "no" to the United States. The people who will participate in this Conference that will be held from the 5 to the 9 of March, come, practically, of all the continents. From Greece, the world-wide Secretary of the World-wide Council for peace will come; Brazil will be presented by Socorro Robles. We will count on the presence of Sindy Sheehan, mother of one of the soldiers who died in Iraq. The Conference reunites,not only activists, but also parlamentarians of Europe, Brazil and Venezuela. The Conference wants to analyze the impacts that the presence of foreign bases causes and to emphasize the local fights anywhere in the world. For that reason on the first day of the Conference, the activists of the social movements will share their fights, achievements and also certain failures. On the second day, we will plan the strategies to continue with our actions. Here in Quito the conference will finish with a great cultural festival, in which a campaign of solidarity for the definitive closing of the base of Manta will be sent. In the city of Manta we will spread what happens in the military base, and fight against its presence. In this city the Conference will be closed with another cultural festival. Quito 2 of March of 2007 Communication Team The International Conference for the Abolition of Foreign Military Bases Contact: Edgar Andrade
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