Zélia Barbosa canta algumas canções de protesto da música popular brasileira
Funeral do lavrador
Esta cova em que estás Com palmos medidos e a conta menor que tiraste em vida !
E de bom tamanho nem largo nem fundo e a parte que te cabe nesse latifúndio ...
Não é cova grande e a cova medida e a terra que querias vai ser dividida
E uma cova grande pra teu pouco defunto mas estás mais ancho que estavas no mundo
E uma cova grande pra teu defunto parco porém mais que no mundo te sentirás largo.
E uma cova grande pra tua carne pouco mas a terra dada não se abre a boca
E a parte que te cabe nesse latifúndio E a terra que querias ver dividida
Canção da Terra
Olorum dê Olorum dê Olorum I si bê o bá I si bê o bá
Ave meu pai o teu filho morreu
Sem ter nação para viver sem ter um chão para plantar sem ter amor para colher sem ter voz livre pra cantar e meu pai morreu
Salve meu pai o teu filho nasceu
E preciso ter força para amar pois o amor é uma luta que se ganha e preciso ter terra para morar e o trabalho que é teu ser teu só teu de mais ninguém
Salve meu pai teu filho cresceu
E muito mais é preciso não deixar Que amanhã por amor possas esquecer que quem manda na terra tudo quer e nem o que e teu bem vai querer dar por bem não vai não vai
salve meu pai o teu filho viveu
Olorum dê
Opinião
Podem me prender, Podem me bater Podem até deixar-me sem comer, Que eu não mudo de opinião. Daqui do morro eu não saio, não !
Se não tem água, eu furo um poço. Se não tem carne, eu compro um osso E ponho na sopa e deixo andar, Deixo andar.
Fale de mim quem quiser falar ! Aqui eu não pago aluguel. Se eu morrer amanhã, seu doutor, estou pertinho do céu.
- Etelvina ( Letra E Voz De Sérgio Godinho)
Etelvina com seis meses já se tinha de pé foi deixada num cinema depois da matinée com um recado na lapela que dizia assim: "Quem tomar conta de mim quem tomar conta de mim saiba que fui vacinada saiba que sou malcriada" Etelvina com dezasseis anos...
- Dá-me Cá Os Braços Teus
(letra e música de Vitorino) Se tu és o meu amor Dá-me cá os teus braços teus Se não és o meu amor Vai-te embora adeus, adeus Diz oh sol que alumia a gente Por onde andará o meu bem Terra estranha nunca foi quente Quem me dera estar mais além...
- Para Rir
Um velhote que vivia em Idaho (USA) decidiu plantar batatas no seu jardim, mas o trabalho era duro, pelo que decidiu escrever uma carta ao seu filho, que se encontrava preso, a fim de lhe pedir se o podia ajudar. Alguns dias mais tarde, recebe uma carta...
- O Amor Oprime, O Sexo Liberta.
O amor oprime, o sexo liberta.
O amor é uma construção social. Deriva de um mito e de efabulações líricas. Durante muito tempo, as relações sexuais só adquiriam legitimidade social com o recurso à vontade divina, ou do beneplácito do clã,...