Vocabulário sobre estilos e movimentos musicais (alguns termos mais vulgares)
Ciências Humanas e Sociais

Vocabulário sobre estilos e movimentos musicais (alguns termos mais vulgares)


(Nota: a lista de vocábulos não é - como é lógico - exaustiva e não é difícil reconhecer lacunas e omissões, e bastantes insuficiências nas caracterizações. Carece ainda de alguns desenvolvimentos face à rápida evolução e multiplicidade dos diversos estilos e correntes de música que se praticam actualmente)

A Capella – canto sem acompanhamento musical

Acid – estilo techno e de house inventado no fim dos anos 60 que faz alusão aos efeitos do LSD. A sua particularidade são as frequências superagudas e sibilantes. Os pioneiros foram o DJ Pierre e os Hardfloor (em Jack in the box)

Acid-rock – estilo musical surgido nos anos 60 inspirado pelas drogas. O ambiente é planante e psicadélico. Os pais do movimento são os Grateful Dead e os Jefferson Airplane.

After – quando a maior parte vai dormir para casa, outros vão para outro local para continuar a dançar. A partir das 5 da manhã, a noite torna-se assim «after»

Ambient – toadas de sintetizadoras vaporosas e ambientes etéreos predominam sobre os ritmos. Escutar os albums The Orb’s Adventure’s Beyond the Ultraworld, dos The Orb.

Atmo (metal-atmo) – alguma doçura no mundo do metal, com a presença de teclados, coros femininos ou samplers, o que permite criar todo um outro ambiente. Trata-se pois de uma música metálica mais elaborada

Babilónia – para os rastas designa o Mal, o mundo corrompido e a sociedade de consumo.

Backstage – os bastidores de uma sala de concerto

Bastard Pop –música composta com temas musicais já existentes. O género foi popularizado por Danger Mouse que misturou o Black Album de Jay-Z com o White Album dos Beatles. O seu Grey Album acabou por ter milhões de exemplares distribuídos pela Internet.

Battle – são competições entre rappers. Ver o filme 8 Mile de Eminem

Beat – é o tempo marcado pela grande batida ( o kick). Por outras palavras, é a única coisa que se ouve no exterior de uma discoteca

Before – antes de sair para dançar pode-se começar por um «before», um encontro num outro local (bar, pub). Aqui a música é mais suave para permitir a conversa

Big beat – mistura explosiva de energia do punk-rock e de música electrónica, que surge nos meados dos anos 90 por intermédio de álbuns de grupos como os Prodigy, e dos Chemical Brothers ( ouvir Exit Panet Dust)

Big up – a saudação na versão reggae

Black Metal – riffs de guitarras ultra-vidradas, bateria acelerada ao máximo, vocalizações com a garganta aberta, o estilo Black Metal expõe uma imagética satânica que é apoiado por um visual agressivo e maquilhagens cadavéricas. Grupos como os Mayhem e os Emperor são os representantes do estilo.


Bootleg – álbum pirata, gravado de um concerto com a ajuda de um simples gravador. Normalmente muito procurados pelos fãs de uma banda ou músico.

BPM – batimentos por minuto. Número de pulsações num minuto num tema de música techno. Dá a impressão de ritmo.


Breakbeat – criado na Inglaterra no fim dos anos 80 é uma versão acelerada do hip hop

Breakdance – é o estilo de dança do hip hop. Nasceu nos Estados Unidos e é composta de figuras acrobáticas encadeadas umas nas outras. Os dançarinos evoluem muito ao nível do solo e ao ritmo dos temas musicais.


Brit Pop – em meados dos anos 90 as estrela pop eram de origem inglesa: Blur, Oásis, Pulp, Supergrass. Todos eles criaram um estilo. Com um acento irónico e com líderes algo arrogantes. Música audível e fresca baseados em acordes de guitarra de estilo clássico


Cena – diz-se de um conjunto de artista e músicos de determinada área ou corrente artístico-musical. Exemplo: a cena hip-hop.

Chill-Out – Local de distensão e relaxamento ao lado da festa propriamente dita., onde se pode escutar músicas techno mais calmas. Diz-se também do estilo de música que aí se ouve. De forma mais ampla usa-se este termo para designar as músicas electrónicas planantes.


Clash
– é uma espécie de partida entre vários DJ ou sound-systems, que se desenrola em várias sessões

Club – Nome dado às discotecas e danceterias

Concept-album – Um disco cujas músicas tratam todos do mesmo tema


Corte (coupure,etc) – partes da música sem canto, ideal para os DJs porque vão poder misturá-las com excertos de outras músicas a fim de criarem novas músicas.

Cover – retoma de uma canção ou música por outro grupo, geralmente com outro ambiente musical


Dance – Tendência comercial da techno e da música electrónica, em versão dulcificada para as rádios e discotecas

Dancefloor – pista de dança

Dancehall – é o local ( ao ar livre) onde se ouve os sound-systems para fazer dançar o auditório. Por extensão, designa também o estilo reggae nas festas

Dark Metal – Menos brutal que o Black Metak, o Dark Metal distingue-se por uma faceta mais heavy e ritmos menos caóticos.


Death Metal – Guitarras (rápidas) com acordes graves, baterista que toca como se trabalhasse com um picareta eléctrica, e cantores que se parecem como zombies caracterizam o estilo agressivo do Death Metal. Ouvir, por exemplo, Butchered at Birth, dos Cannibal Corpse

Deep
– estilo da música house que apareceu em Nova Iorque nos anos 90, e que se caracteriza pela presença de toadas de teclados, piano.Os mestres do género são Ron Trent, Kenny Dixon e Larry Heard

Disco – abreviatura de discoteca. Aparece nos anos 70 um estilo que se inspira no funk e no soul, com uma batida a servir de apoio. Os Bee Gees foram os seus representantes máximos. O filme «A febre de Sábado à noite» mostra o que houve de melhor e o que de mais kitsch teve este movimento.


DJ – Coloca e ordena os discos, põe-nos a tocar, podendo ainda misturá-los a fim de produzir novos sons.

Doom Metal – representa o lado depressivo do universo metal. Muito lento, pesado e, por vezes, condimentado, com teclas, o doom transpira tristeza. Os mestres do género são os Anátema (em Eternity) e os My Dying Bride ( em The Angel and the Dark River)


Dreadlocks – é o penteado típico dos adeptos da cultura jamaicana, feito de entrançados no cabelo.

Drum’n bass – feito de baterias sincopadas, linhas de baixo envolventes e ruidosos, o drum’n bass é uma música planante. Ouvir, por exemplo, os 4hero e os Goldie


Dub – é o reggae em versão hipnótica e planante. Em torno da bateria coabitam um baixo ultra-grave, melodias de guitarras e teclados com efeitos sonoros. Exemplo: High Tone

Dubplate – disco gravado com um único exemplar e destinado para uma só sound-system


East Coast – é um estilo de rap que surgiu na costa leste dos Estados Unidos, e que se opõe ao estilo da costa oeste. O «East Coast» caracteriza-se por sonoridades mais agressivas, líricas socialmente mais comprometidas, tornando-se menos dançante e com acesso mais difícil. Representa o rap maduro. Ouvir, por exemplo, os álbuns de Wu-Tang Clan.


Easy Listening – literalmente, «escuta fácil». Mambos, músicas voluptuosas, etc. Versão moderna para música de elevador. Tom Jones é o paladino do género.

EBM – iniciais de «electronic body music». Uma mistura de sons indus e ritmos techno. Nos anos 80 desenvolveu-se nos clubes e discotecas graças ao grupo Front 242

Electro – movimento precursor da techno nos anos 70. Mexendo em caixas de som ( sintetizadores e máquinas de ritmos) os alemães Kraftwerk marcaram toda uma época.

Electrónica – modalidade de música eléctrica de carácter vanguardista, em que as melodias primam sobre a rítmica. Espécie de electrónica intelectual, cujos espécimes são Autechre e Aphex Twin (para escutar em casa)

Electro pop – a Pop com sonoridades eléctricas. Segue um formato de canção com refrão, mas em que as máquinas de som substituem o trio guitarra-baixo-bateria.

Fast Style – é o efeito rápido do toaster. Trata-se de uma técnica que data dos fins dos anos 80 e foi inventado por DJs britânicos de origem jamaicana. A referência é Dodd e o seu Sir Coxsone

Featuring (Feat) – versão moderna dos duos. Termo usado para introduzir um músico convidado a meio de um tema musical, cuja intervenção pode ter durações mais ou menos diferenciada .

Flow – define o estilo de um rapper, a sua maneira de colocar a voz sobre a música, assim com as suas entoações de voz.

Flyer – folhetos ou cartazes com design próprio que anuncia uma festa

Folk – Guitarra acústica e palavras cuidadas, por vezes comprometidas socialmente. Nos anos 60 Bob Dylan foi o seu representante mais conhecido. Hoje, Ben Harper é a figura de proa.

Free-party – festa techno que se realiza fora das discotecas e locais habituais, normalmente em locais insólitos, como fábricas, castelos, terrenos rurais, etc. É normalmente gratuita e clandestina.

Free-style – é uma espécie de improvisação rapper sobreposta à instrumentação. Nas «battles» cada rapper improvisa um free-style.

French touch – por volta de 1997 a house e a música elctrónica marcam pontos em França com grupos como os Air, Draft Punk ( cd Homework), Superman Lovers, etc

Fusion – casamento entre os ritmos groove do funk ou do rap e a potência das guitarras metal. A mistura mais conhecida foi realizada pelos Rage Against The Machine e os Infectious Groove, que são os pioneiros do estilo

Ganja – é o nome jamaicano dado à cannabis.

Gangsta – belos carros, jóias tilintantes, dinheiro fácil e mulheres provocantes, o gangsta retrata a vida dos gangs mafiosos de Los Angeles. Ouvir, por exemplo, 2Pac.

Garage – é a house na versão gospel e soul. Mais cool que a sua variante puramente rítmica, ela valoriza as vozes das divas negras da soul. Exemplos: David Morales e Paul Johnson

Garage Rock – termo ligado ao punk. Anteriormente, nos anos 60, tinha por objectivo categorizar os grupos de jovens irrequietos: era o local onde os jovens se reuniam para ensaiarem as músicas dos Stones. Hoje, tornou-se um estilo à parte. Dele fazem parte grupos com tendências minimalistas como os White Stripes.

Gimmick – pequena melodia que se fixa na memória e que se arrisca por acabar de ser entediante.

Ghetto –para o reggae, o raggamuffin ou o ska, este termo designa os bairros pobres de Kingston, a capital da Jamaica. Foi no ghetto que nasceu a música jamaicana.

Glam Rock - sinónimo de «glitter rock»(rock brilhante). Mais que um som, traduz uma atitude. Nascido na Inglaterra dos anos 70, este movimento é conhecido fundamentalmente pelo seu glamour. Os seus líderes assumem uma faceta andrógina com roupas e maquilhagem extravagantes. David Bowie popularizou o estilo, que hoje é assumidos pelos The Darkness


Goa – sob a influência da corrente new age de Goa, cidade na costa sul da Índia, este termo designa um estilo de música techno ultra-psicadélico, rítmico e planante. Pode-se dizer que é a tendência hippie da música electrónica. Procurar, por exemplo, o álbum LSD dos Hallucinogen, a discografia dos Flying Rhino, e a dos Total Eclipse

Gore – Representa o uso e abuso pelos grupos de Death Metal da imagética de filmes de terror e dos respectivos efeitos sanguinolentos. Exemplo: os Mortician e o seu Darkest Day of Horror

Grindcore – está na fronteira do mais brutal Death Metak com o mais selvagem Punk. É barulho puro e duro. É o estilo mais extremo do metal. Quando é politizado, defende os valores do Punk (isto é, anticapitalista…). Está também associado a uma imagética Gore. Ouvir, por exemplo, o 38 Counts of Batery dos Pig Destroyer

Groove – tema envolvente e caloroso

Guitar hero – guitarrista prodígio como foi o caso de Jimi Hendrix

Grunge – género efémero com um extraordinário impacte nos inícios dos anos 90. Melodias simples, textos sombrios, algo a meio caminho entre o heavy metal e o punk. O ícone do movimento foi Kurt Cobain, líder dos Nirvana. Pearl Jam, Soundgarden, Alice in Chains são outros grupos do mesmo estilo.

Indie – rock independente. Trata-se de grupos que não são editados pelas grandes editoras e normalmente com um discurso anticomercial. Guitarras e melodias pop minimalistas. Exemplo deste género são os Pixies


Hardcore (na techno) – caracteriza a artilharia pesada da techno com agressivos kicks, velocidade alucinante (150 bpms ou mais) e pouco ou nenhuma melodia.É o estilo preferido por frequentadores de raves. Escutar as produções francesas da editora Epileptik e do grupo Micropoint.

Hardcore (no rap)– estilo de rap duro com sonoridades abrasivas e textos provocantes e violentos. A música é muito simples e resume-se frequentemente ao beat, por vezes com melodias com sons glaucos e repetitivos. Exemplos são 36 Chambers, de Wu-Tang Clan, e Suprême, dos NTM


HardCore (HXC) – tal como o metal e o punk, o HardCore é um derivado do rock’n roll original e possui as suas próprias ramificações. Distinguem-se normalmente 3 tendências:
-Oldschool – musicalmente o HXC Oldschool está próximo do Punk, o que o leva a aumentar o tempo. Ouvir, por exemplo, Off the Beaten Tracks, dos Right for Life
-NYC (também designado por «hardcore novaiorquino») – tem origem em New York, e é um estilo que mistura ritmos pesados, dançantes e tempos rápidos do Punk. Tornou-se um género à parte. Exemplo: 25 Ta Life.
-Newschool – esta nova escola incorpora no hardcore elementos do metal, como ritmos mais sacados, mais rápidos e guitarras mais intensas, até atingir uma resultado brutal. Ouvir, por exemplo, Eyesore, dos Nostromo.

Hardhouse – compromisso ideal entre o groove da house e os beats percutantes da techno, que surgiu em Chicago. Pioneiros do estilo foram DJ Rush e DJ Sneak


Hard Rock – é o pai do heavy metal e avó do actual metal. Ao ouvi-lo abanamos a cabeça e mexemos os pés. Ouvir, por exemplo, Highway to Tell, dos AC-DC, ou, então, os Motorhead.

Harshnoise – algo entre a música electrónica e o barulho. As toadas de teclados são substituída por salvas de sons distorcidos e saturados ao extremo. Estrela incontestada do género é o japonês Merzbow.

Headbanging – é a gestualidade dos metálicos: abanar a cabeça ao ritmo da música, e deixar cair os cabelos e estender o braço sempre produz os seus efeitos.

Heavy Metal – é o primeiro derivado do Hard-rock que gerou as actuais tendências do Metal. Os gritos das vozes são acompanhados de guitarras, que alternam com líricas insinuosas e riffs de aço. Ouvir, por exemplo, os Iron Maiden, em A real live, ou então em Fear of the Dark.


Hip Hop – é o nome do movimento que abrange 3 facetas: a dança como o breakdance; a música com o rap; e o visual com os graffs.

House – nasceu em Chicago nos anos 80, e mistura os grooves do funk, do jazz e da soul aos beats da techno para produzir um efeito dançante. Exemplos. Trax, Guidance, Strictly Rythm

Indus ( no metal)– é o metal estilo marcial, misturado com samplers de sonoridades tecnoides. O resultado soa a muito gelado. Ouvir, por exemplo, os álbuns do Ministry, ou o robótico Sehnsucht, dos Rammstein.

Indus – literalmente música industrial, de onde resulta o seu nome para designar os sons produzidos por objectos do quotidiano, produzidos pela indústria. Fria, repetitiva, com sonoridades metálicas. Grupos como Throbbing Gristle e Einsturzende Neubauten são as suas referências.

Jam sessions ( Boeuf, em francês) – momento ou série de momentos de improvisação entre os músicos

J-Pop – Pop japonês, cuja estrela é Hamasaki Ayumi

Jungle – resultante do reggae, este estilo compõe-se de baterias com sons cruzados com baixos. Nas partes cantadas sente-se a inspiração do ragga. Exemplos: Roni Size, 4hero, Bad Company


Label – editora de discos. Os entendidos prestam mais atenção às saídas de discos de uma label do que a um grupo particular. É que as labels especializaram-se normalmente num determinados estilo de música.

Lyrics – as letras das músicas

Live act – diz-se para um grupo que ele se produz em directo.

Lo-Fi – abreviatura de «low-fidelity» em oposição a «high-fidelity». O rock «lo-fi» é caracterizado por ser gravado com material rudimentar. Exemplos são Beck, Pavement, ou Franz Ferdinand

Mainstream (grande público) – expressão com carácter pejorativo, uma vez que é sinónimo de algo que foi realizado para agradar ao maior número de pessoas

Major – grande editora que possui várias labels. A nível mundial existem 5 majors: Universal Music, Sony Music, EMI, Warner Music, BMG

MC – é a abreviatura para «mestre de cerimónias», isto é, aquele que pega no microfone e que dá o tom ao ambiente.

Metal – herdeiro do hard-rock dos anos 70 e princípios dos 80. Presença maciça de guitarras, riffs incisivos e potente bateria.

Metal gótico – pegai na banda sonora de Drácula, acrescentai uma dose maciça de guitarras, uma pincelada de vozes meladas e uma espreitadela de melancolia, e sirvam tudo isso num ambiente glauco. Consumir com moderação. Exemplo: os Theater of Tragedy, em Velvet Darkness They fear

Mic – é o microfone

Mix – Mistura de sons saídos de vários discos. O seu oposto é o live act.

Mixtape – é um demonstração de rap autoproduzida numa cassete. Hoje o suporte mais utilizado é o cd.

Natty Dread – é um rasta que anda com dreadlocks

NeoMetal ( ou Rap Metal) – é o último rebento da família metálica. Mistura teclados, samplers, ritmos hip-hop, gritos de vozes ou de rap e guitarras omnipresentes. Exemplos: os Linkin Park, os Korn.


New Wave – Literalmente significa «nova vaga». Trata-se de um movimento dos anos 80 que, com uma música pop, incorpora sintetizadores. Depeche Mode, Duran Duran, Talk talk, The Cure são os grupos de culto deste movimento.

Noisy pop – uma música pop algo ruidosa, com distorsões sonoras e guitarras abrasivas. Exemplos: Sonic Youth, Dinosaur Jr

Pop – termo anglo-saxónico que significa «variedades» ou «música para grande público». Prima pela melodia, com refrães envolventes.

Pop-rock – designa o rock comercial, mais ligeiro e frívolo que o rock duro..

Posse ( crew) – grupo de amigos que se reúnem para rappar, fazer graffs ou dançar hip hop.


Power pop – estilo de músico tocado intensamente com guitarras, a pop torna-se power. Trata-se de uma especialidade americana. Nada Surf é um seu representante.

Progressif – estilo com solos de guitarras, teclados em longas toadas. Exemplo: Dream Theater, ou Symphony X.

Punk – é a segunda grande corrente saída do rock’n roll. Nasceu nos anos 70 com os Sex Pistols. Guitarras a fundo, bateria intensa e textos contestatários. Perdura hoje com as suas próprias ramificações. Ouvir os Never Mind the Bollocks, dos Sex Pistols; os Beat the Bastards, dos The Exploited; e D.R.I.P. dos Mass Murderers.

Raggamuffin – estilo de reggae com sonoridades electrónicas, descendente directo do roots original. Beats eléctricos, teclados e toast são as suas principais características.


Rap – é a pedra angular da cultura rap. Nasce no início dos anos 80 nos bairros pobres dos Estados Unidos. O Rap e reconhecido pelos seus beats sincopados, os seus baixos muito groovy, assim como o seu fraseado entoado. Hoje em dia, este estilo musical é geralmente cruzado com arranjos mais ou menos sofisticados que vão buscar sons ao universo da música electrónica, da pop ou do rock.

Rasta
– adepto do rastafarianismo, movimento religioso surgido na Jamaica nos anos 30, cujo nome deriva de Ras Tafari, título dado ao imperador a Etiópia, Hailé Sélassié. O rastafarianismo defende, entre outras coisas, o regressos a Africa dos descendentes dos escravos


Rave – tal como as free-parties, são festas techno que se realizam normalmente em squats, fábricas abandonadas, terrenos. Mas estas são já a pagar.

Reggae – música que nasceu na Jamaica por volta de 1968, das cinzas do rocksteady, do qual diminui a velocidade. Par feito entre o baixo e a bateria não muito agitado, com guitarra a contratempo e toast mais cool são as suas principais características. A figura emblemática é Bob Marley.


Remix – diz-se de um excerto musical retrabalhado por outro músico que não o compositor original

Resident
– diz-se de uum DJ que regularmente anima as noites num determinado local (discoteca, danceteria,etc)

Riddim
– o mesmo que ritmo jamaicano. Base do reggae, do ragga e do ska. É o esqueleto-base do tema musical baseado no par baixo-bateria.

Riff
– elementos musical e rítmico repetido várias vezes num excerto musical. Fala-se frequentemente dos riffs de guitarra.

R & B – nasceu nos anos 40 sob a forma de uma mistura de músicas negras (blues, gospels,…) e brancas (country). Esteve na origem da editora (label) Motown que lhe deu outra direcção com grupos como The Supremes e Temptations, que representam a segunda vaga R & B. Hoje em dia, o género mistura rap, funk e soul. Exemplos: Erykah, Badu, Bilal, D’Angelo.

Rock
– Resultou do blues, mas com um ritmo mais acelerado. Diferentemente do pop, o rock é uma música identitária, com uma cultura marginal e de espírito selvagem. No início dos anos 50 começou por se chamar rock’n roll, e só mais tarde se veio a fixar no rock já nos meados dos anos 60.

Rocksteady – é o antepassado do reggae, que conheceu a sua glória nos anos 60. Sucedendo ao ska, ele diminui o tempo musical, prefigurando o reggae com as suas linhas de baixo melódicas. Escutar as produções da editora Treasure Isle de Duke Reid


Roots – Literalmente significa raízes. É um termo de sublinha o enraizamento das músicas e o seu valor de autenticidade, como o blues e o reggae. Caracteriza o músico cuja produção se destina aos habitantes do ghetto

Rude boy – é a figura do mau rapaz no universo da música jamaicana. Recordemo-nos do tema Rude boy dos Wailers, grupo legendários de reggae

Sampler – é uma amostra de música retirado de um tema e que é incorporado numa outra composição musical

Scratching – o DJ coloca um disco vinil sobre o gira-discos e começa a «riscar» de frente para trás o disco, criando ritmos e efeitos sonoros. Com o tempo sofisticou-se com a ajuda dos avanços da tecnologia.

Selector (selecta) – num sound-system é aquele que escolhe os temas que vão ser tocados

Set – equivalente a um concerto de um DJ. Designa o conjunto de temas musicais escolhidos.

Set-list
– aquando de um concerto, designa a lista de temas musivais que vão ser tocados.

Side-project – grupo paralelo formado por músicos que já fazem parte de outras formações.

Singjay – palavra que resulta da junção de sing (cantar) e DJ. Designa um DJ toaster reggae que canta e rap.

Ska – origem da música jamaicana. Trata-se de um cruzamento entre o rythm’n blues americano e os ritmos folclóricos jamaicanos, de onde resulta um reggae acelerado, sobre o qual o cantor «toaste» de forma rápida. Os Skatalites, grupo formado em 1964, são considerados a figura emblemática do Ska

Skank – é a marca característica da música jamaicana, um pequeno acordo de guitarra e piano que faz sacudir a cabeça em contratempo.

Slam ( ou Stage-Diving) – passatempo favorito dos espectadores mais nervosos: subir ao palco e lançar-se sobre a multidão.

Song-writer – aquele que escreve ou compõe canções


Sound-check (balance, em francês) – as últimas afinações de som antes de um concerto


Sound-system – Tem dois sentidos. De início significava o material técnico ( as mesas de mistura, …) que era utilizado para passar a música. Mais tarde vem a designar a equipa que organiza a festa.

Space rock – é um rock planante, incarnado por grupos como os Pink Floyd

Straight-Edge – Nome de um título de Minor Threat, cujos textos exortavam a não beber álcool, a não fumar nem consumir drogas. Trata-se de um movimento muito vulgar na cena do HardCore que segue geralmente o vegeteranismo.


Synth pop – é um pop realizado por sintetizadores. Depeche Mode e Alphaville incarnaram este estilo nos anos 80

Techno – termo genérico utilizado para designar todas as músicas electrónicas, baseadas no uso de máquinas, e com uma linha sonora repetitiva


Teen pop – pop destinados aos adolescentes, interpretado por artistas como Britney Spears

Teknival – versão longa, entre dois e dez dias, de uma free-party

Teuf –termo que substitui cada vez mais a palavra «rave» para designar as noites techno

Toaster – é o efeito de «tchatcher» no micro por cima de um tema tocado no sound-system, um pouco como o free-style.

Trance – versão hipnótica da techno. Mais rápida , ela desenvolve profundas toadas de sintetizadores e de sons em espiral. Para tripar. Exemplos: Sven Vath, Cosmic Baby


Trash Meat – foi o primeiro filho rebelde do Metal. Nos anos 80, os americanos aumentaram o tempo do heavy-metal e optaram por vozes menos empertigadas. Trata-se do estilo Metal em versão mais brutal que surgiu pelas mãos dos Slayer, e do seu Reign in Blood.

Trip Hop – corrente surgida no início dos anos 90. Designam-se de trip hop os grupos de música lancinante na base de beats electrónicos emprestados ao jazz ou à pop. Toadas de teclados, melodias de piano e baixos profundos. Figuras principais são os Portishead ( ouvir Dummy) e Massive Attack ( ouvir Mezzanine)


Unplugged – versão acústica de uma canção, isto é, sem guitarra eléctrica. A cadeia de televisão MTV fez deste género um autêntico must musical. Exemplo: o MTV Unplugged de New York dos Nirvana fez dele um dos discos mais ouvidos de sempre.

VJ (video-jockey) – O VJ é para as imagens o que o DJ é para as músicas electrónicas. Mistura imagens numéricas enquanto o DJ trabalha a sua música

Vocoder –sistema de filtros para transformar um som ou a voz

Zion – no universo rasta é a terra prometida

Yaourt – quando não se conhece ou não se compreende uma canção em inglês começa-se cantar sílabas sem sentido. Diz-se então que se canta em yaourt

Warm-up – mistura de músicas para dançar, antes da chegada dos Djs

West Coast – é o estilo rap da costa oeste americana, que se desenvolveu em torno da cidade de Los Angeles. Muito influenciado pelo gangsta, o estilo West Coast tem como os seus chefes de fila nomes como Ice Cube, Dr. Dre, Snoop Dog, Warren G… e como produtores de referência 2Pac, Suge Knight e a editora Death Raw. Pelo lado das letras, este estilo é muito menos maduro que o da costa este, e inspira-se sobretudo em temas relacionados com sexo, dinheiro e violência.



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