A Plataforma portuguesa das ONGD organizações não governamentais para o desenvolvimento está a realizar o seminário "Crises Esquecidas", que começou em Lisboa no dia 21 e termina hoje 24 de Novembro, no Porto .
Neste seminário procura-se abordar algumas das crises humanitárias que continuam fora de uma, às vezes, tão necessitada atenção mediática. Para fazê-lo, convidamos representantes de ONGD Portuguesas que compõem o Grupo de Ajuda Humanitária e de Emergência da Plataforma ADRA, ASP, MdM-P e Oikos e um representante dos MSF Médicins Sans Frontières, para um pequeno colóquio introdutório, que será seguido da exibição do filme "Invisibles". Por fim teremos um espaço aberto á participação e ao debate.
"Invisíveis" são aqueles que não queremos ver, mas que acabam por aparecer atrás dos nossos medos e apreensões, entre outras coisas porque nunca deixaram de existir. São as vítimas de cinco crises esquecidas, duas epidemias mudas e três conflitos armados que não recebem a atenção mediática que merecem: a doença de Chagas, a doença do sono, as crianças soldado do Uganda, a violência sexual contra civis no Congo e os camponeses deslocados na Colômbia.
Coincidindo com o vigésimo aniversário do inicio das suas actividades em Espanha, os Médicos Sem Fronteiras quiseram fazer justiça a essas pessoas que foram esquecidas por governos, empresas, instituições e cidadãos. Quiseram dar-lhes voz através do olhar de cinco cineastas europeus.
"Invisibles" é um filme onde se combina realidade e ficção, no qual o talento de cineastas como Isabel Coixet e Mariano Barroso serve para falar dessas epidemias mudas que são a doença de Chagas na Bolivia com "Cartas a Nora" e a doença do sono, na Républica Centro-Africana en "El sueño de Bianca". Por sua vez, Fernando León de Aranoa dá voz aos civis convertidos em objectivos de guerra no Uganda em "Buenas Noches, Ouma", Javier Corcuera mostra as sequelas da violência na Colômbia com "La voz de las piedras" e Wim Wenders fala das agressões sexuais na Republica Democrática do Congo.
Este seminário surge com o objectivo de sensibilizar e mobilizar a opinião pública para estas graves crises humanitárias, bem como um convite à comunicação social para ser parte activa na divulgação das mesmas e na tomada de consciência sobre as causas do esquecimento e as responsabilidades de cada um em mitigar estas situações.
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