A Divisão por Continentes
Assim temos a Europa, Ásia, África, América do Norte, Central e do Sul e a Oceania.
Essa divisão por continentes segue um critério natural muito primário: grandes porções de terra e grandes porções de água, os Oceanos. Mas mesmo tendo como base à natureza, podemos dividir a Terra em outras maneiras. Uma delas, também bastante antiga, é a regionalização por faixas climáticas. De acordo com o Clima podemos determinar algumas regiões: Zonas Polares: Ártica e Antártica, Zonas Temperadas do Norte e Sul e Zona Intertropical.
O clima faz com que essas regiões sejam muito diferentes uma das outras; basta lembrar das florestas.
Além dos Continentes e do Clima uma outra forma de se regionalizar a Terra ainda tendo como base à natureza, é através dos ecossistemas. Nesse caso todos os fatores naturais são considerados: Clima, Fauna, Relevos, Solo, Flora, Geologia.
- as zonas climáticas do globo
- os biomas terrestres (formações vegetais)
- os conjuntos geológicos (riquezas minerais)
- os conjuntos geomorfológicos (formas do relevo)
Agora vamos mudar o nosso olhar! Ao invés de destacar a natureza, vamos destacar a sociedade. Vamos pensar em critérios políticos e econômicos. Eles são hoje, os mais utilizados para dividir a terra em regiões. E o mais básico desse critério divide as nações do planeta levando-se em conta as condições econômicas e sociais.
Há algum tempo atrás podíamos dividir o mundo em três mundos diferentes: 1o, 2o e 3o mundos. No final dos anos 80 um desses três mundos praticamente desapareceu. Você sabe qual foi?
O Primeiro; O Segundo; O Terceiro;
O Primeiro Mundo era formado pelos países capitalistas ricos, desenvolvidos como os Estados Unidos, Japão e países da Europa Ocidental, por exemplo, Alemanha, França e Inglaterra.
O Segundo mundo pelos países socialistas liderados pela União Soviética;
O Terceiro pelos países pobres, subdesenvolvidos.
No final dos anos 80 a história deu uma importante guinada. As experiências socialistas praticamente desapareceram e com elas foi-se junto o 2º mundo. * "Começando nas Repúblicas Bálticas, Estônia, Letônia e Lituânia e depois se espalhando por todo o país, os nacionalismos outrora sufocados começaram a explodir. Diversas Repúblicas Soviéticas tornaram-se independentes. Temendo as consequências desse processo Gorbatchev cria a Comunidade dos Estados Independentes que substitua o regime centralizado de Moscou. Até hoje essa organização encontra-se indefinida e há muitos conflitos com a Rússia".
O mundo assistiu a desintegração, nem sempre pacífica, do Império. Mas não há muitos argumentos a favor do otimismo. A Comunidade dos Estados Independentes tomou o lugar da União Soviética.
Outra maneira de se regionalizar o mundo é a divisão em país Centrais e Periféricos. Centrais são os países Desenvolvidos que exercem influência sobre os países pobres ou Periféricos. Existem também países que são semi-periféricos, o Brasil é um exemplo desse tipo de país. Internacionalmente ele é Periférico, mas dentro do Cone Sul ele é Central, exportando seus produtos e serviços e com a mão de obra melhor qualificada que a de seus vizinhos.
Países Desenvolvidos:
As sociedades desses países são altamente consumistas isto é percebido sobretudo devido ao poder aquisitivo elevado da sociedade e a grande quantidade produtos com tecnologia avançada, que são lançados no mercado a cada ano. Se todas as nações do mundo passassem a consumir supérfluos com a mesma intensidade das nações desenvolvidas o mundo entraria em colapso, pois, não haveria matéria-prima suficiente para abastecer a todos os mercados.
A luta por melhores condições de vida da população é visível, principalmente no que diz respeito a uma melhor distribuição de renda, não existindo grandes disparidades entre uma classe social e outra. Para que isso fosse possível foi necessária à participação direta da sociedade, exigindo dos seus governantes uma postura voltada para os interesses da população.
Os governos passaram a cobrar mais impostos das classes sociais mais favorecidas em prol da sociedade. Os impostos cobrados são direcionados à construção de escolas, habitações, estradas, hospitais, programas de saúde, aposentadorias mais justas, etc., isto foi possível graças ao engajamento consciente de todos os cidadãos na formação do Estado Democrático.
A democracia existe de fato nas nações desenvolvidas, e consiste num Estado de direito que resulta de reivindicações permanentes por parte dos cidadãos. A democracia é um processo contínuo de invenção e reivindicações de novos direitos.
Países subdesenvolvidos:
Países que no passado foram colônias de exploração de países colonizadores e que devido ao fato de não receberem investimentos e atenção dos colonizadores, possuem hoje sérios problemas socioeconômicos:
Passaram por um grande processo de exploração durante o período colonial. Colônia de Exploração;
Baixo nível de industrialização, com exceção de alguns países como: Brasil, México, os Dragões de Exploração;
Dependência econômica, política e cultural em relação às nações desenvolvidas;
Deficiência tecnológica e baixo nível de conhecimento científico;
Rede de transporte e meios de comunicação deficientes;
Baixa produtividade na agricultura que geralmente emprega numerosa mão de obra;
População Ativa empregada principalmente nos setores primários ou no setor terciário em atividades marginais (camelôs, trabalhadores sem carteira assinada etc.). Exemplo: Brasil, Etiópia, Uruguai;
Cidades com crescimento muito rápido e cercado por bairros pobres e miseráveis;
Baixo nível de vida da maioria da população;
Crescimento populacional elevado;
Elevada taxa de natalidade e mortalidade infantil;
Expectativa de vida baixa.
Existem países subdesenvolvidos que são fortemente industrializados como é o caso do Brasil, México, Argentina, Dragões Asiáticos, etc. A industrialização existente nesses países na verdade é sustentada por países desenvolvidos, que os utilizam para expandir seus parques industriais e garantir lucros vultosos. Um exemplo nítido de expansão industrial é, o caso dos Dragões Asiáticos que evoluíram enormemente nas últimas décadas, principalmente no setor industrial através do capital e tecnologia japonesa.
Alguns fatores atraem esses investimentos estrangeiros para os países subdesenvolvidos, como:
Mão de obra barata e numerosa;
Muitas vezes são isentos de pagamento de impostos;
Doação de terrenos por parte do governo;
Remessa de lucro das transnacionais para a sede dessas empresas;
Legislação flexível.
Países Emergentes
Na nova ordem mundial, o conflito Leste-Oeste da guerra fria foi substituído pelo conflito Norte-Sul, que opõe entre si as grandes diferenças que separam a riqueza, a tecnologia e o alto nível de vida, da pobreza, da exclusão dos novos meios técnico-científicos e dos baixos níveis de vida.
Mundo Bipolar
Antes da Segunda Guerra havia uma ordem mundial multipolar, ou seja, com base em vários polos ou centros de poder que disputavam a hegemonia (supremacia) internacional: a Inglaterra, a França, e a Alemanha, eram grandes concorrentes no continente europeu e também na colonização da África e da Ásia; os Estados Unidos, que já se tornara uma potência no continente americano, o Japão e a Rússia.
O final da Segunda Guerra trouxe um novo cenário: as potências europeias estavam arrasadas; o Japão também saiu arrasado da guerra e perdeu as áreas que havia conquistado no Oriente (Coréia, Manchúria e parte da Sibéria, etc.). Duas novas potências mundiais - Estados Unidos e a União Soviética - passaram a dividir o mundo entre si. Foi a época da bipolaridade, da ordem mundial bipolar, baseadas em dois polos ou centros de poder, que durou cerca de 45 anos, desde o final da Segunda Guerra Mundial até por volta de 1991.
Ò mundo bipolar foi marcado pela disputa entre o capitalismo e o socialismo. Cada grande superpotência liderava seu bloco de países: os Estados Unidos eram o líder econômico e político-militar do mundo capitalista, e a União Soviética, a guardiã e exemplo a ser seguido do antigo mundo socialista. Essa ordem mundial entrou em crise no final dos anos 80, devido a um maior crescimento de outros centros capitalistas (Japão e Europa Ocidental), que passaram a disputar a supremacia internacional com os Estados Unidos, e ao esgotamento do sistema socialista adotado pela União Soviética e demais países desse bloco.
A divisão norte-sul
O fim da Guerra Fria, o declínio econômico relativo dos Estados Unidos e da União Soviética, a unificação econômica e política da Europa, o crescimento econômico do Japão, o surgimento dos tigres asiáticos e o rápido desenvolvimento das reformas chinesas liquidaram com a bipolaridade que opunha Estados Unidos e União Soviética. Embora os Estados Unidos se mantenham como uma superpotência militar, o mundo tende para uma multipolaridade econômica e política que pode evoluir também para uma multipolaridade militar.
Divisão Norte-Sul ? Divisão simbólica para caracterizar as diferenças de riqueza e renda entre os países do chamado Primeiro Mundo, a maioria situada ao norte do equador, e os países pobres do Terceiro Mundo, a maior parte deles ao sul.
Com a crise do mundo socialista, aumenta a oposição entre o Norte industrializado e o Sul subdesenvolvido. Isso porque deixa de haver o conflito Leste-Oeste, ou seja, entre o socialismo real e o capitalismo. As duas potências tinham, nas últimas décadas, um poderio avassalador e quase nenhum conflito importante no plano mundial deixava de ter a participação direta ou indireta delas.
Uma guerra civil num país africano ou asiático, por exemplo, mesmo que tivesse uma razão étnica, sempre acabava sendo instrumentalizada (armada) pelas duas superpotências. Uma delas ajudava de um lado - oferecendo armamentos e auxílio financeiro - e a outra fazia o mesmo com o outro lado da disputa. Isso dava a impressão que um dos lados combatia pelo socialismo e que o outro defendia o capitalismo ou a democracia.
Com isso, a oposição entre o Norte rico e o Sul pobre nunca transparecia claramente, ou dominada pelo conflito entre Leste socialista e o Oeste capitalista. Com a crise do socialismo, a oposição Norte-Sul torna-se mais direta, mais visível.
Outro fato que reforça a oposição Norte-Sul é a volta dos países socialistas ao mundo capitalista. Esses países do Segundo Mundo não podiam, até o final dos anos 80, ser perfeitamente classificados nem ao Norte (desenvolvidos), nem ao Sul (subdesenvolvidos), pois não possuíam empresas particulares e muito menos firmas estrangeiras em seus territórios, tinham um comércio externo relativamente pequeno e uma distribuição social da renda mais ou menos equilibrada, sem os violentos contrastes que existem nos países subdesenvolvidos (onde as camadas mais ricas concentram grande parte da renda nacional e as camadas mais pobres da população ficam com uma parcela mínima dessa renda).
Hoje esses países têm novamente empresas privadas e filiais de firmas estrangeiras, abrem-se cada vez mais para o comércio mundial e as diferenças salariais e de rendimentos, em geral, vem se ampliando. Dessa forma eles já podem em grande parte ser classificados como Norte desenvolvido (caso das economias mais industrializadas) ou Sul subdesenvolvido (caso da maioria dos países que adotaram a economias planificadas.
De forma resumida podemos dizer que isso se deve ao seguinte: enquanto as economias mais avançadas do Norte industrializado estão atravessando a chamada revolução técnico-científica, com substituição de força de trabalho desqualificada por máquinas (especialmente robôs), com a expansão da informática, etc., os países mais pobres do Sul só têm duas coisas a oferecer - matéria-prima e mão de obra -, e esses dois elementos perdem valor a cada dia. Em grande parte já terminou a época da mão de obra desqualificada e a importância dos minérios e gêneros agrícolas em geral. Somente os países com uma força de trabalho qualificada (resultado de um ótimo sistema educacional) e tecnologia avançada é que possuem condições ideais para o desenvolvimento.
Todos os países do Sul ou do Terceiro Mundo são economicamente dependentes dos países desenvolvidos. Tais dependências manifestam-se de três maneiras:
Endividamento externo. Normalmente todos os países subdesenvolvidos possuem vultosas dívidas para com grandes empresas financeiras internacionais, localizadas nos países desenvolvidos.
Relações comerciais desfavoráveis. Geralmente os países subdesenvolvidos exportam para as nações ricas produtos primários (não industrializados), como gêneros agrícolas (café, açúcar, algodão, etc.) e minérios de ferro, cobre, manganês, etc. As importações, por sua vez, consistem basicamente em artigos manufaturados (industrializados), material bélico e produto de tecnologia avançada (aviões, computadores, máquinas automatizadas, etc.). Tais relações mostram-se desvantajosas para o Terceiro Mundo, pois os artigos importados têm os preços bem mais altos que os exportados.
Forte influência de empresas estrangeiras. Nos países subdesenvolvidos, boa parte das principais empresas industriais, comerciais, mineradoras e até agrícolas é de propriedade estrangeira, possuindo matriz nos países desenvolvidos (multinacionais). Uma grande parcela do lucro dessas empresas é remetida para as matrizes, o que provoca acentuada descapitalização nos países do Terceiro Mundo.
Grandes Desigualdades Sociais
Em todos os países subdesenvolvidos, a diferença entre ricos e pobres é muito acentuada, bem maior que nos países desenvolvidos ou do Norte. Dessa forma a população de baixa renda acaba tendo sérios problemas de subnutrição, falta de moradia, inadequado atendimento médico-hospitalar, insuficiência de escolas, etc.
O mundo multipolar
Com o fim da bipolaridade, os Estados Unidos viram-se transformados na potência "vencedora" da guerra fria e assumiram o papel da grande potência mundial. Entretanto, apesar do indiscutível poderio americano, Japão e Alemanha (hoje reunificada e integrando a União Europeia) também apareciam como polos da economia mundial, que se tornou, então, multipolar.
Essa nova situação, que o presidente norte-americano George Bush chamou de nova ordem mundial na Conferência de Malta, em 1989, na verdade não trouxe muita coisa de novo. O que deixava de existir era a velha ordem bipolar e a rivalidade entre sistemas econômicos opostos que buscavam competir usando a capacidade militar.
Com a volta do mundo (com raras exceções) ao capitalismo, que prioriza o lucro e a propriedade privada, a economia mundial passou a funcionar segundo a lógica desse sistema.
A multipolaridade, isto é, o aparecimento de novos polos econômicos, nada mudou na distribuição da riqueza no mundo. Os países ricos continuam ricos. E os pobres (ex-Terceiro Mundo) continuam pobres. Sem inimigo a ser vencido, a corrida armamentista perdeu força. A busca de novas estratégias para ganhar mercados passou a ter prioridade na ordenação econômica do mundo.
Porém devemos admitir que mudanças fundamentais ocorreram nessa fase do capitalismo financeiro, que passou a ser chamada de.globalização. Na globalização, há um crescente aumento dos fluxos de informações, mercadorias, capital, serviços e de pessoas, em escala global. São as redes, que podem ser materiais (transportes) ou virtuais (Internet). A integração de economias, culturas, línguas, produção e consumo, através das informações, transformaram o mundo em uma aldeia global.
Essa nova ordem costuma ser definida como multipolar. Isto quer dizer que existem vários polos ou centros de poder no plano mundial. Normalmente consideram-se três grandes potências de poderio econômico, tecnológico e político-diplomático: os Estados Unidos, o Japão e a União Europeia (Europa Ocidental). Existe ainda a possibilidade do fortalecimento de dois outros polos, a Rússia e a China, bem menos importantes que aqueles três.
Na nova ordem, não há mais uma única oposição Leste-Oeste, ou socialismo-capitalismo.
No lugar de um mundo simples, temos uma realidade mais complexa, com múltiplas oposições ou tensões, de diversas natureza, diferença entre países ricos e pobres, entre povos cristãos ou hinduístas e povos islâmicos, entre os interesses mercantis que degradam o meio ambiente e a consciência de que devemos preservar a natureza, etc.
Divisão Internacional Do Trabalho
Geograficamente falando essa distribuição de tarefas é de muita importância, pois é isso que em grande parte nos explica muitas das nossas paisagens que até hoje podemos observar nas chamadas áreas subdesenvolvidas? do globo.
À África e a América latina, por exemplo, foram impostas funções como as de fornecimento de mão de obra escrava e matérias primas, tais funções se traduziram nesses locais em paisagens bastante diferentes daquela que observamos nos países da Europa.
Neste sentido os europeus desenvolveram um intenso processo de colonização, marcados pela desorganização nas formas de produzir, circular e pensar dos povos nativos das áreas colonizadas, onde ação genocida e etnocida, além da desterritorialização foram pontos importantes no sentido de consolidar o poder do colonizador e abrir caminho para reorganizar o espaço dessas áreas com a perspectiva de atender o desejo de acumulação de riquezas da burguesia europeia.
No entanto, o sistema capitalista só iria se consolidar definitivamente no século XVIII, cuja intensa transformação do processo produtivo ficou conhecida historicamente como Revolução industrial dividindo-a em três etapas: Primeira a Segunda e a Terceira Revolução Industrial.
Nesse período a divisão internacional do trabalho (DIT) iria sofre modificações devido o surgimento de um novo modelo de produção, já que não era mais suficiente aquele modelo em que o trabalhador se agrupava em vilas de aldeões para que a partir das oficinas de ofício desenvolvesse o seu trabalho. Por advento da revolução industrial esse sistema foi sendo deixado de lado, pois era bem mais lucrativo para os capitalistas produzirem em fábricas do que ficar dependente dos artesões. Por este motivo iniciou-se uma nova fase na DIT (divisão internacional do trabalho) que vai da revolução industrial até a segunda guerra mundial.
Nesse momento o mudo está dividido em países que se especializaram em fornecer matérias primas e países que se especializaram em fornecer produtos industrializados. É interessante perceber todos os países que se especializaram no fornecimento de matérias primas sofreram um fenômeno conhecido como descapitalização, e o seu futuro ficou fadado ao subdesenvolvimento, como exemplo podemos citar: BRASIL, ARGENTINA e o restante da AMÉRICA LATINA.
Por outro lado todos aqueles países que se especializaram em produzir produtos de valor, isto é, produtos manufaturados ou industrializados tornaram-se países desenvolvidos e lideres do sistema capitalista.
A fase de desenvolvimento do capitalismo após a segunda guerra mundial ficou conhecida com capitalismo financeiro, e novamente acarretou varias modificações na divisão internacional do trabalho (DIT). Foi nessa época que os países desenvolvidos trataram de consolidar a dependências dos países subdesenvolvidos principalmente através de empréstimos, financiados pelos países detentores de capital, a partir deste momento vários países passaram a desenvolver indústrias dentro do seu território como foi o caso do Brasil Argentina e países do sudeste asiático.
Outro fato a ser destacado é a mudança ocorrida no mundo do trabalho, já que o modelo de produção estava sendo substituído, pois o fordismo já não mais dava conta da demanda e não atendia mais as exigências do mercado internacional. O Japão foi um dos países pioneiro na passagem do fordismo para a fase pós-fordismo, para acumulação flexível.
Blocos econômicos
A formação de blocos econômicos é uma regionalização dentro do espaço mundial, mas também uma forma de aumentar as relações em escala global, pois, ao participar de um bloco, um país tem acesso a vários mercados consumidores, dentro e fora do seu bloco.
Os principais blocos regionais são: União Europeia, MERCOSUL, Nafta e Apec.
A Regionalização
Surge em decorrência do avanço do sistema capitalista, que no final do século XX apresenta-se em um estagio nunca antes visto. Este estágio de desenvolvimento capitalista provocou uma mudança estrutural no comércio mundial, e para acompanhar, tais mudanças, os estados nações tiveram que se adequar à nova forma de interação existente no mercado mundial.
Aparece um novo paradigma de produção, consumo e comercialização. Isso fez com que os países passassem a se organizar em blocos econômicos de poder, para que a partir de então conseguissem ingressar com sucesso na nova configuração econômica mundial.
A globalização de ideias
Esse processo de integração mundial, chamado globalização, não é só econômico. Ele tem ao mesmo tempo uma dimensão política, social e cultural.
Para se estabelecer mundialmente, a grande empresa precisa da globalização cultural. O lazer, as formas de se vestir, as revistas, os jornais, as formas de consumo precisam ser parecidas em qualquer lugar do mundo.
O rádio e a televisão têm um papel importante na formação dessa cultura, pois, ao mesmo tempo que divulgam músicas, filmes e informações, sugerem um padrão de vida e de consumo que deve ser seguido para alcançar a felicidade.
Daí a importância de preservar e valorizar as culturas e identidades próprias de cada país, ameaçadas de desaparecer, como as fronteiras do capital e do comércio mundial.
A globalização do crime
As atividades do crime organizado também se beneficiam das facilidades tecnológicas das comunicações do mundo globalizado.
O tráfico de drogas, de mulheres e crianças, as "máfias" de várias nacionalidades (chinesa, japonesa, coreana), além da original italiana, encontram mais facilidades para expandir suas ações criminosas. O terrorismo espalha mais rapidamente suas células de ação pelo mundo graças a essas facilidades.
A ordem mundial pós- 11 de setembro
O dia 11 de setembro impôs final súbito à era pós-guerra Fria que havia começado quase exatamente 12 anos antes. Aquele período originou-se da queda dramática do Muro de Berlim na noite de 9 de novembro de 1989, acompanhada em rápida sucessão pelo colapso do comunismo na Europa Oriental, pelo final da Guerra Fria e, em dezembro de 1991, pela dissolução da União Soviética. Pela primeira vez em mais de meio século, os Estados Unidos pareciam não mais enfrentar uma grande ameaça isolada à sua segurança nacional e ao seu modo de vida. No final da década de 1930 e na Segunda Guerra Mundial, essa ameaça veio do fascismo. Durante a Guerra Fria, era a União Soviética e o comunismo soviético. Nos dois casos, o perigo era expressivo e sem ambiguidades. O dia 11 de setembro marcou o início de uma nova era no pensamento estratégico norte-americano. Os ataques terroristas daquela manhã tiveram impacto comparável ao ataque a Pearl Harbor em sete de dezembro de 1941, que lançou os Estados Unidos para a Segunda Guerra Mundial. Antes de 11 de setembro, o governo Bush encontrava-se na fase de desenvolvimento de uma nova estratégia de segurança nacional. Isso estava sendo feito com a Análise Quadrienal da Defesa, bem como em outros cenários. Em um momento, entretanto, os ataques de 11 de setembro transformaram o ambiente de segurança internacional. Uma ameaça totalmente nova e perniciosa subitamente tornou-se realidade e ditou uma nova e importante estratégia para os Estados Unidos. Esta nova política, agora cognominada "Doutrina Bush", concentra-se na ameaça do terrorismo e das armas de destruição em massa.