Convidam-se todos os cidadãos (e associações cívicas, de ambiente e segurança civil, e outras) que querem marcar a sua posição de rejeição de centrais nucleares em Portugal e a primazia de fontes realmente alternativas e renováveis conciliáveis com baixos impactos ambientais, a estarem presentes no domingo 19 de Março próximo na aldeia de Ferrel, no concelho de Peniche, a cerca de 80 km de Lisboa.
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No dia 15 de Março, a quarta feira anterior, perfazem-se 30 anos sobre amarcha do povo da aldeia de Ferrel sobre o local onde decorriam trabalhospreparatórios para a então projectada central nuclear, numa impressionante manifestação de recusa, pacífica e determinada.
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Note-se que em Abril decorrem 20 anos sobre o acidente nuclear de Chernobil, a prova provada do que o movimento antinuclear sempre afirmou: as centrais nucleares representam um perigo desmesurado e inaceitável.
Tornou-se entretanto moda atribuir o acidente à tecnologia nuclear "soviética", hoje descartada, como se em 1979 não estivesse estado iminente um acidente de enorme envergadura em Three Mile Island, nos Estados Unidos, e como se na Europa Ocidental, nos EUA e no Japão (tudo tecnologia "ocidental") não sejam numerosas e constantes as situações de maior ou menor perigo que contam já várias vítimas mortais e que têm feito passar calafrios na espinha dos poucos que tomam conhecimento imediato desses riscos, capazes de degenerarem catástrofe de dimensões incalculáveis.
Assim, comemoraremos os 30 anos da recusa do nuclear em Ferrel e lembraremos os 20 anos de Chernobil, numa evocação de solidariedade com as vítimas do nuclear.
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Um programa mínimo e indicações de carácter prático serão divulgadas dentro de dias. Da Comissão Organizadora fazem parte os seguintes membros:
-J. Delgado Domingos, Professor Catedrático do IST e autor do livro"Inteligência ou Subserviência Nacional?" com enfoque na recusa do nuclear ena proposição de alternativas
-Afonso Cautela, jornalista, autor do livro "O Suicídio Nuclear Português"
-Viriato Soromenho Marques, Professor Catedrático na Universidade de Lisboa,ex-presidente da Quercus
-Silvino Conceição João, presidente em exercício da Junta de Freguesia deFerrel
- António José Correia, presidente em exercício da Câmara Municipal de Peniche
- Mariano Calado, escritor e mestre em História Regional e Local, residente em Peniche
-José Luís Almeida e Silva, director do jornal Gazeta das Caldas e que teve papel fulcral na luta antinuclear em Portugal de 1976 a 1982 (ano em que o projecto nuclear foi posto na gaveta)
-Manuel Ferreira dos Santos, engenheiro, representante das ONGA no CNADS -Conselho Nacional do Desenvolvimento Sustentável
-José Carlos Costa Marques, tradutor e editor, participante dos preparativos do Festival Pela Vida Contra o Nuclear que, em Janeiro de 1978, assinalou nas Caldas da Rainha e em Ferrel a recusa do país ao nuclear.
Vamos a Ferrel!
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19 DE MARÇO: VAMOS A FERREL (PENICHE)
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Lembra-se de Chernobil?
Em Abril de 1986 dava-se perto de Kiev o maior desastre de sempre em centrais nucleares, cujos efeitos ainda persistem.
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Sabia que, DEZ ANOS ANTES, em 15 de Março de 1976, o povo de Ferrel, uma aldeia situada a 4km de Peniche, marchou unanimente do centro da freguesia até aos campos do Moinho Velho, a 4km, onde se tinham iniciado obras relacionadas com a projectada "primeira" central nuclear portuguesa, e exprimiu a sua categórica recusa de que ela fosse ali construída? Esse foi o início de um processo que levou praticamente ao abandono, em 1982, pelo governo de então, de centrais nucleares em Portugal.
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Agora que alguns querem ressuscitar a perigosa e inútil ideia de centrais nucleares em Portugal, vamos a Ferrel, no domingo 19 de Março, comemorar os 30 anos sobre essa primeira grande manifestação de carácter ambiental no nosso país e relançar o debate sobre o problema energético em bases realmente sustentáveis, renováveis e alternativas.
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Para a deslocação a Ferrel em autocarro, promovida pela Campo Aberto e aberta a todas as associações e pessoas na região do Porto, consultar:
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www.campoaberto.pt
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