Após o 25 de Abril de 1974 foi criado o MLM, Movimento de Libertação da Mulher, por mulheres que defendiam um feminismo avançado e que ficou regitado na história pelo facto de ter organizado uma manifestação a 13 de Janeiro de 1975 que provocou muita celeuma na época.
Essa manifestação passou a ser conhecida pela «queima de soutiens» como símbolo de opressão feminina, mas tal não corresponde à verdade, até porque segundo as próprias organizadoras, as feminista não costumavam usar essas peças.
Recorde-se que 1975 era que a ONU proclamara o Ano Internacional da Mulher, tendo o MLM decidido organizar uma acção simbólica, no dia 13 de Janeiro, no Parque Eduardo VII, onde seriam queimados alguns símbolos, como o Código Civil, objectos de lida doméstica, brinquedos sexistas, livros de autores machistas ou revistas pornográficas.
Acontece que um numeroso e agitado grupo de homens decidiu boicotar o evento tendo-se gerado muita confusão o que impediu a realização da manifestação feminista.
Ao movimento não foi estranha a dinâmica gerada em Portugal pela publicação em 1972 do livro "Novas Cartas Portuguesas" - conhecido como o livro das três Marias, Maria Velho da Costa, Maria Isabel Barreno e Maria Teresa Horta – e que levou as autoras a tribunal acusadas de atentado à moral e ao pudor, mas que acabou em absolvição e num grito de vitória que insuflou o movimento feminista.
Com o 25 de Abril novas baralhas feminsitas despontam como o planeamento familiar, educação sexual, gratuitidade dos métodos contraceptivos e o direito ao aborto. Na época do processo revolucionária, Maria Teresa Horta, Célia Métrasse e Helena Medeiros publicaram um livro "histórico" – "Aborto, Direito ao Nosso Corpo" – o único escrito sobre o tema durante vários anos.
Nos 35 anos da Manifestação Feminista do Parque Eduardo VII
Maria Teresa Horta, a 13 de Janeiro de 2010, fala da manifestação do Parque Eduardo VII de 1975. Presentes também Célia Metrass, Isabel Télinhos, Helena e Salomé Coelho
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