Microfestival de vivências e diversidades na Serra da Arada ( no Candal, S.Pedro do Sul, entre 30 de Abril e 3 de Maio)l
Ciências Humanas e Sociais

Microfestival de vivências e diversidades na Serra da Arada ( no Candal, S.Pedro do Sul, entre 30 de Abril e 3 de Maio)l




De 30 de Abril a 3 de Maio
Microfestival de Vivências e Diversidades

São Pedro do Sul - Parque da Fraguinha, Candal e Cabreiros


O EntreSerras quer Descobrir a Serra da Arada vivendo uma experiência impar para desvendar o seu património natural, cultural e gastronómico e partilhar por uns dias as vivências das gentes serranas, o seu labor e as suas alegrias. É um micro-festival participativo de ritmo lento, seguindo o transpirar de uma serra com dezenas de milhões de anos, as rotas dos pastores, o voar das borboletas, o engenho da sobrevivência na serra e a alegria das noites nas aldeias.

De manhã, as Diversidades da serra revelam os seus segredos: laboratórios de natureza, turfeiras e bosques, vertebrados, invertebrados, plantas e musgos contam as suas histórias espantosas; aprende-se a fazer brinquedos para os mais novos e outras artes já esquecidas.

À tarde, as vivências serranas são partilhadas: o lavrar da terra, a preparação da broa e mezinhas ou a arte de obter mel das laboriosas abelhas a ter lugar nas aldeias de Candal, Cabreiros e Póvoa das Leiras, com paisagens deslumbrantes de vales abruptos trabalhados milenarmente pelo Homem.

À noite, é tempo de serão, de canções e ladainhas, bailes e brincadeiras, jogos e histórias, estrelas e arraiais. Tudo termina no Domingo com uma corrida de carrinhos de rolamentos e uma gincana de burros!

PROGRAMA


Quinta-feira, dia 30 de Abril
Parque de Campismo da Fraguinha

18h30: Recepção dos participantes com tisanas e bolinhos
21h30: Oficina de processamento de plantas para tisanas (Sr. do Gumeal)
22h00: Mala de histórias - Em Maio… comem-se cerejas ao borralho ou, melhor, contam-se histórias feitas de palavras que são como as cerejas. Jogos e brincadeiras. (Bitocas e Ass. Candal)
23h00: Observação de estrelas pela noite dentro, com tisanas e outros mimos quentes…

Sexta-feira, dia 1 de Maio
Parque de Campismo da Fraguinha, Póvoa das Leiras, Candal,

Manhã, das 09h30 ao 12h15
Diversidades no Retiro da Fraguinha

1 - As turfeiras e os rios de montanha: musgos, flores, libélulas e borboletas (Paulo Pereira, IDEIAS Sustentáveis, Lda)
2 - Oficina de brinquedos tradicionais (carros de rolamentos, arcos, fisgas, brinquedos de lata, brinquedos com bogalhos, bonecas de milho e redes para apanhar borboletas) (Bitocas e Escola Profissional de Carvalhais, Ass. Landeira)

Tarde, Vivências nas aldeias de Póvoa das Leiras e do Candal

Das 14h00 às 16h00

Passeio de burro entre a Fraguinha e o Candal. Recolha de folhas e flores silvestres e plantas aromáticas (AEPGA, Sr. de Gumeal)

Das 16h00 às 17h30

1 – Lavrar e Sementeira tradicional com Vacas (lameiros) (Sra. Lena, Póvoa das Leiras)
2 – Rega e partilhas da água nas aldeias (Sra. Liliana - Candal)
3 – Mel (Sr João Braz) e derivados O processo artesanal de fabrico do mel (visita às colmeias, prova de aguardente com mel)

Das 18h às 19h30

1 –Oficina da broa (Dona Marcolina, Dona Ana e Dona Luísa)
2 – Ordenha das vacas e amassar do leite para fazer manteiga (Ass. Candal)
3 – Arquitectura popular (Ass. Candal)

Serões na aldeia

20h00 - Jantar popular na aldeia do Candal
Das 21h30 às 00h30

1 – Rezas, ladainhas e Mezinhas (Sra. Marcolina)
2 – Lavores tradicionais e trabalhos manuais (tecer, fiar e tricotar)
3 – Cantares e histórias
4 – Jogos tradicionais
5 – Santos das aldeias serranos - Sagrado vs Profano (A vida de Santo Antão, padroeiro da aldeia da Coelheira, São Macário)
Sábado, dia 2 de Maio
Parque de Campismo da Fraguinha, Cabreiros

Manhã, Diversidades no Retiro da Fraguinha

Das 09h30 ao 12h15

1 - Os bosques e as pastagens: árvores, aves, répteis, ervas e borboletas
2 - Oficina de fornos solares (Eco-Andanças);
3 - Oficina de brinquedos tradicionais (Bitocas; Escola Profissional de Carvalhais; Ass. Landeira)

Tarde, Vivências na aldeia de Cabreiros

Das 14h00 às 15h30: Passeio de burro até à aldeia de Cabreiros Ciência popular (lameiros, pastagens e paisagens, Sr do Gumial)

Das 16h00 às 18h30

1 – Banhos + visita a Minas (Sr. Jorge; Rio de Frades)
2 – Feira de jogos tradicionais serranos (Bitocas)
3 – Sopa à moda da Arada e da Freita – aprender a bailar as modas serranas (Lisou juntamente com o rancho de Candal; eira de Cabreiros)

19h00: Merenda no lameiro (petiscos regionais).

Serões na aldeia
Das 20h à 01h00
Grande Arraial Popular – Concertinas de Cabreiros, Rancho de Candal, músicos com fartura, bailes e danças de roda das serras da Freira e Arada, jogos tradicionais, cantares, petiscos, Jantarada, etc. etc.


Domingo, dia 3 de Maio
Parque de Campismo da Fraguinha

Manhã, Diversidades no Retiro da Fraguinha

Das 09h30 às 12h15

1 - Laboratórios da natureza (observação à lupa, herborização de plantas, identificação de espécies) (Paulo Pereira, IDEIAS Sustentáveis, Lda)
2 - Final de Oficina de brinquedos tradicionais;
3 - “Manualidades na eira” – oficina de colares e entrelaçados com elementos recolhidos no passeio de burro, construção de fantoches, construção de instrumentos.

Tarde, Vivências na Fraguinha

Das 14h00 às 15h30 – Passeio de burro Teatro de marionetas “O Velho, o Rapaz e o Burro”

Das 16h00 às 18h30

1 - Corridas de carros de rolamento
2 - Jogos de ar livre (aro, corda, etc.)
3 - Gincana de burros




Inscrições e mais informações:

www.aepga.pt/portal/PT/111/EID/80/DETID/9/default.aspx




PERCURSOS PEDESTRES EM CANDAL ( Serra da Arada, S.Pedro do Sul)

Na freguesia de Candal, existe uma Pequena Rota (PR), a Rota das Bétulas (PR 2) devidamente marcada. Mas, de facto, muitos outros caminhos tradicionais e/ou históricos desbravados e feitos pelos antigos estão também marcados, inclusive pelo seu passado, como, por exemplo, a passagem dos rodados dos carros de vacas nas lajes destes caminhos.
Assim, existe a possibilidade de contemplar várias paisagens de cortar a respiração neste inesquecível Maciço da Gralheira, visitando sítios que foram essenciais na vida destas aldeias. Antes da abertura das estradas, as aldeias vizinhas eram facilmente visitadas através destes caminhos, fosse para ir cortar o pêlo das cabras e trazê-lo em sacos, fosse para contrabandear minério.
Zona de pedestrianismo por excelência, a freguesia de Candal propõe aos caminhantes amadores ou mais avisados a descoberta dum património natural e cultural impressionante. É possível realizar caminhadas de todos os níveis, de 40 minutos até vários dias em todo o maciço, um dos mais montanhosos e belos de Portugal, de onde se pode avistar o Norte do país, até à vizinha Espanha.
Pequenas Rotas e Caminhos

A Rota das Bétulas - PR2
É um percurso pedestre devidamente assinalado e circular. Inicia-se na Fraguinha, junto ao parque de campismo, inserido num arboreto constituído por bétulas. Encosta acima, parta em direcção ao planalto onde nasce o Ribeiro Escuro. Aí, vire à direita ao encontro do caminho que leva à povoação de Candal e que conduzia as pessoas às minas das Chãs, aquando da extracção do volfrâmio. Durante a descida, vai encontrar uma paisagem de surpreendente beleza: em frente, montes e vales, à direita, a povoação de Candal e, à esquerda, a de Póvoa das Leiras, com os seus socalcos verdejantes, não esquecendo as vertentes escarpadas e graníticas do Ribeiro Escuro. Atravessando a aldeia de Candal, na parte mais antiga, siga rumo à povoação de Póvoa das Leiras, com os seus canastros ou espigueiros, passando primeiro pelo ribeiro de Paivô. Após subida acentuada ao encontro da capela, deixe Póvoa das Leiras para trás, prosseguindo em direcção ao ponto de partida. Nesta parte do percurso, segua um trilho que acompanha um canal de água, com o Ribeiro de Paivô do lado direito. Próximo da chegada, passe pela barragem: “A Pioneira” e ao lado da Casa do Lago, propriedade da Cooperativa Mais Além.

Dificuldade: Médio
Distância a percorrer: 10,2 km
Desníveis: acentuados - ascendentes e descendentes

Caminho do Minério
O Caminho do Minério tem como ponto alto a passagem nas Minas das Chãs, situadas no planalto das Chãs, já próximo do ponto mais alto do Maciço da Gralheira, o Alto das Chãs, na Serra da Arada, com os seus 1119 m, no limite desta freguesia com a de Manhouce. Centra-se, assim, a par da travessia do planalto e das suas panorâmicas ímpares, no património que foi constituído aquando da II Guerra Mundial com a procura do Ouro Negro: o volfrâmio que se encontrava por toda a serra. Após a subida acentuada pela Cavada do Braz até ao planalto onde está implementado um parque eólico, dirija-se até às minas com vista sobre a aldeia de Manhouce e, por último, ao plano do Oceano Atlântico. Daí, regresse a Candal descendo por uma zona arborizada com vista sobre as aldeias de Tebilhão e Cabreiros com os seus socalcos verdejantes e todo o vale de Rio de Frades. Já mais virados para Candal, entre os pinheiros, avista-se a Serra do Montemuro.


Dificuldade: Caminhada de média dificuldade.
Cerca de 2 horas de marcha efectiva.
Nível requisitado: boa condição física.

Caminho do Pôr-do-Sol
O Caminho do Pôr-do-Sol oferece uma panorâmica de 360 graus das serranias envolventes e algumas das suas mais belas e emblemáticas aldeias, como a da Póvoa das Leiras e Drave. Como o nome indica, aconselha-se ao fim dum belo dia de Verão para evitar as horas de forte calor e para usufruir dum inesquecível Pôr-do-Sol. O ponto mais alto, o Colmadoiro ou ainda o Couto do Nabo, é palco anualmente de uma ladainha, no fim da qual se realiza uma missa, segundo os ritos da religião católica aquando da tradicional ladainha ao Couto do Nabo. Aventure-se e descubra este e outros montes que se avistam ao longo deste percurso pedestre também “abençoados” pelo São Macário e pela Sra. da Mó, já no concelho de Arouca.

Dificuldade: Caminhada fácil.
Cerca de 1 hora de marcha efectiva.
Nível requisitado: é possível a participação de todos.

Caminho do Moinho
O Caminho do Moinho foi assim baptizado, à semelhança dos dois caminhos anteriormente descritos, por um casal que se fixou recentemente na aldeia de Candal amante das caminhadas, ainda antes de fazer parte da Rota das Bétulas e ser alvo de uma nova inauguração em 2007 com a Rota da Broa, no âmbito do Projecto Criar Raízes/Ritmos da Terra. Trata-se do caminho antigo que levava os habitantes da Póvoa das Leiras até à missa. Ao longo deste caminho, ainda em Candal, passa-se ao lado dos campos ordenados em socalcos e vai-se descendo até à Ribeira de Paivô, ao longo da qual se situa uma dezena de moinhos já desactivados. Conforme a disposição, poder-se-á dar um salto até à aldeia da Póvoa das Leiras, após uma íngreme subida no meio do pinhal, seguindo as marcas do PR2. Mas, à partida, é uma caminhada até ao bucólico lugar junto ao pontão que passa sobre a ribeira onde ninguém resiste a relaxar ao ouvir correr a água até ao Rio Paivô, ao Rio Paiva, ao Rio Douro, até ao mar... e, completamente rodeado da Natureza, esquecer por uns instantes a “civilização”.

Dificuldade: Caminhada fácil, cerca de 40 minutos de marcha efectiva.
Nível requisitado: Todos

Caminho dos Incas
O Caminho dos Incas foi assim baptizado pelo Juiz Mário Araújo Ribeiro, também amante das caminhadas, tal como o deixa em testemunho no seu livro sobre o Maciço da Gralheira. Os antigos chamavam Marinhal ao local atravessado por este caminho, considerado monumental pela colocação de lajes, à semelhança de outros monumentos erguidos por antigas civilizações. Se não estivesse à vista hoje em dia o que perdurou, nem se conseguiria imaginar ser possível realizar tal troço.Mas está aí à mão, aliás ao pé, a poucos minutos da aldeia de Póvoa das Leiras.

Dificuldade: Caminhada fácil*. Cerca de 1 hora de marcha efectiva.
Nível requisitado: Devido à localização do caminho, ao longo de íngremes vertentes, não é aconselhado a pessoas que sofrem de vertigens, nem a crianças. À semelhança de todos os caminhos na serra, exige toda a atenção e cuidado.

Grandes Rotas

Estas rotas não são mais do que a ligação entre os vários PR’s existentes.
Uma primeira, liga o PR2 ao PR1 (Rota de Manhouce) e ao PR6 (Caminho do Carteiro).
A outra, o Caminho dos Incas até à aldeia de Covelo de Paivô, sempre com regresso à aldeia de Candal pelo recentemente aberto estradão florestal.
A média para ambas as rotas “completas” é de 4-5 horas de marcha efectiva, o que exige uma boa condição física.



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