Le déserteur (O Desertor)
Ciências Humanas e Sociais

Le déserteur (O Desertor)



Le Déserteur
Poema de Boris Vian
Música e voz de Serge Reggiani

Monsieur le Président,
je vous fais une lettre,
que vous lirez peut-être,
si vous avez le temps.

Je viens de recevoir
mes papiers militaires
pour partir à la guerre
avant mercredi soir.

Monsieur le Président
je ne veux pas le faire,
je ne suis pas sur terre
pour tuer de pauvres gens.

C'est pas pour vous fâcher,
il faut que je vous dise,
ma décision est prise,
je m'en vais déserter.

Depuis que je suis né,
j'ai vu mourir mon père,
j'ai vu partir mes frères,
et pleurer mes enfants.

Ma mère a tant souffert,
qu'elle est dedans sa tombe, e
t se moque des bombes,
et se moque des vers.

Quand j'étais prisonnier
on m'a volé ma femme,
on m'a volé mon âme,
et tout mon cher passé.

Demain de bon matin,
je fermerai ma porte
au nez des années mortes
j'irai sur les chemins.

Je mendierai ma vie,
sur les routes de France,
de Bretagne en Provence,
et je crierai aux gens:
refusez d'obéir, refusez de la faire,
n'allez pas à la guerre,
refusez de partir.

S'il faut donner son sang,
allez donner le vôtre,
vous êtes bon apôtre,
monsieur le Président.

Si vous me poursuivez
prévenez vos gendarmes
que je n'aurai pas d'armes
et qu'ils pourront tirer.

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Tradução para português:


Senhor presidente,
escrevo-lhe uma carta,
que talvez vá ler,
se tiver tempo.

Acabei de receber
os meus papéis militares
para partir para a guerra
antes de 4a-feira à noite.

Senhor presidente
não o quero fazer,
eu não estou na terra
para matar pobre gente.

Não é para o aborrecer,
é preciso que lho diga,
mas a minha decisão está tomada,
vou desertar.

Desde que nasci,
vi morrer o meu pai,
vi partir os meus irmãos,
e chorar os meus filhos.


A minha mãe sofreu tanto,
que está na sepultura,
e faz pouco das bombas,
e faz pouco dos versos.

Quando estive prisioneiro
roubaram-me a minha mulher,
roubaram-me a minha alma,
e todo o meu querido passado.

Amanhã de manhã cedo,
fecharei a porta
no nariz dos anos mortos
irei pelos caminhos.

Mendigarei a minha vida,
nas estradas de frança,
da bretanha à provença,
e gritarei às gentes:
recusem-se a obedecer, r
ecusem-se a fazê-la, n
ão vão à guerra,
recusem-se a partir.

Se é preciso dar o sangue,
vá dar o seu,
sois um bom apóstolo,
senhor presidente.


Se me perseguir
previna os seus guardas
que eu não terei armas
e que eles poderão atirar.




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