É preciso «…resistir racionalmente aos apelos do securatismo, do mesmo modo que, nos anos 60 e 70, se resistiu ao perfume da deriva securitária...»
E acrescentou:
«Puxada ao limite, a segurança torna-se perigosa e asfixia a ideia da liberdade.»
Mais adiante, afirmou:
«…a actual deriva securitária pode contribuir para o rompimento do equilíbrio entre a liberdade e a segurança…»
«Aprisionar o Direito Penal à segurança é estupidamente deitar às malvas as suas mais importantes conquistas históricas.»
E rematou, interrogando-se:
«A política criminal começa a passar de nacional a global. (…) Mas quem é que tem legitmidade para a definir?»
O interveniente seguinte foi Enrique Bacigalupo, professor de direito penal de Universidade Complutense de Madrid que, a certa altura, declarou:
«Não se pode ignorar que os Estados Unidos da América, baseando-se no absurdo de que as garantias constitucionais só limitam o Estado dentro do seu territótio, instauraram cárceres secretas em certos Estados europeus, onde se praticaria a tortura.»
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