Dominação e resistência no contexto trabalho e saúde
Ciências Humanas e Sociais

Dominação e resistência no contexto trabalho e saúde



Mario Cesar Ferreira, José Newton Garcia de Araújo,Cleverson Pereira de Almeida e Ana Magnólia Mendes (orgs.), Ed. Universidade Presbiteriana Mackenzie


O (im)pacto da globalização (neo)liberal e seu mer(e)cado, o Estado mínimo, a (re)estruturação do trabalho nos últimos vinte anos, a mercan(u)tilização da vida, o capital e suas f(n)ormas de exploração da subjetividade maqui(n)am e por isso escondem muito bem um tema que urge ser mais socializado e difundido para a grande massa: a saúde do trabalhador. A crise no mundo do trabalho parece nos deixar mais atentos à necessidade de olhar para o objeto trabalho e nos desvia de um olhar mais do que necessário, o trabalhador. O livro é resultado da iniciativa de um grupo de pesquisadores do campo da saúde do trabalhador. Distinto das práticas assistencialistas e funcionalistas do campo capazes de nos distrair do assunto, o grupo de autores nos traduz a possibilidade de recaminhos a partir de perspectivas que priorizem o sujeito político e psíquico do trabalhador. Ao trazerem os conceitos de dominação e resistência, nos atualizam no diálogo que nos querem proporcionar: pensar a saúde do trabalhador com base nas abordagens da ergonomia, da atividade e sociologia da clínica e da psicodinâmica do trabalho. No primeiro capítulo, uma perspectiva mais conceitual nos ajuda a compreender as abordagens citadas, o mundo do trabalho e a condição do trabalhador em seus processos de saúde e doença. O segundo apresenta estudos empíricos que mostram situações, dificuldades e possibilidades numa realidade da qual vivemos e que nos é difícil de ver, traduzir e reconhecer. O último amplia a temática, revelando outros olhares sobre o tema, em diálogo com o consumo, a criação estética e artística, a dominação e a resistência. A possibilidade de encontrar caminhos que se conhecem a partir dos autores, no contexto trabalho-saúde, após a compreensão dos fenômenos de dominação e resistência, nos provoca aquilo que lhes era de desejo: nos sentimos mobilizados por ações de resistência às diversas faces da dominação no trabalho.


Patrícia Dorneles
Terapeuta ocupacional, mestre em Educação pela UFSC e doutora em Geografia pela UFGRS. Docente do curso de Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da UFRJ
Le Monde Diplomatique Brasil



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