Ciências Humanas e Sociais
Apostasia colectiva em Sevilha
No passado Sábado 8 de Outubro cerca de 200 pessoas reuniram-se na Alameda de Hércules em Sevilha, de onde partiram em direcção ao Palácio arcebispal a fim de aí entregar uma 140 petições de apostasia.
Sob o lema «Apaga y vámonos» a assembleia Pró-Apostasia APAGA convocou esta saída colectiva da Igreja Católica na qual estive presente um conjunto muito heterogéneo de pessoas que partilhavam todas a mesma vontade festiva de abandonar voluntariamente a Igreja
Em frente ao Palácio de las Sirenas, local da convocatória, foi montada uma mesa informativa de como realizar uma apostasia, assim como forma distribuídos formulários, guias e folhetos. Não faltaram também adereços elegantes e foi possível observar como as pessoas vinham festivamente vestidas para um momento tão especial como é o acto da sua apostasia.
O cortejo dos apóstatas decorreu com música e canções num ambiente convivial de grande alegria. A dado passo um grupo de fascistas começou a lançar insultos e provocações aos quais respondemos com canções sobre a liberdade cantadas em uníssono.
À chegada ao Palácio Arcebispal uma comissão representativa do cortejo apóstata entregou os requerimentos de apostasia a um elemento da Viçaria, tendo-se solicitado às pessoas para contactarem com a APAGA caso o Bispado não desse resposta aos seus requerimentos no prazo de algumas semanas.
O acto foi noticiado favoravelmente por alguns meios de informação local, com algumas excepções, mais que previsíveis. De forma geral, o acto de apostasia colectiva teve um bom acolhimento junto da população, tendo valido a pena a sua realização para que todos saibam e conheçam como realizar a sua apostasia.
Mais a mais e face às denúncias recebidas de que o Arcebispado costumava levantar obstáculos para a concretização da vontade dos interessados em abandonarem a Igreja Católica e tornarem apóstatas, o próprio Arcebispo de Sevilha teve necessidade de vir para a comunicação social desmentir tais entraves e declarar que os trâmites burocráticos serão aligeirados tornando mais expedito e rápido o acto administrativo da apostasia, o que representa sem dúvida uma grande vitória para o movimento de apostasia.
Recorde-se que a APAGA mantém um serviço de informação apóstata no gabinete dos direitos sociais localizado no Centro Vecinal Pumarejo (Plaza del Pumarejo) e prepara já uma nova apostasia colectiva para o início do ano de 2006. Temos também conhecimento que grupos de interessados, residentes em Huelva, Códoba, Granada, Málaga, Barcelona e Madrid se preparam para levar a efeito acções semelhantes.
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