Alquimias do feminino - VII Colóquio Internacional "Discursos e Práticas Alquímicas"
Ciências Humanas e Sociais

Alquimias do feminino - VII Colóquio Internacional "Discursos e Práticas Alquímicas"


LAMEGO - SALÃO NOBRE DA CÂMARA MUNICIPAL
22-24 de Junho de 2007

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Programa


Alquimias do feminino


A alquimia é feminina, a alquimia só é possível através do feminino: é a fêmea que procria – eis uma primeira pista.


É aceitável ainda a tradição judaico-cristã, segundo a qual as mulheres são impuras, pelo facto de perderem o sangue durante as regras e o parto? A natureza imperfeita da mulher provém da sua frieza, manifestada pela perda de sangue, portador do calor da vida. As mulheres são frias, logo “naturalmente” inferiores, segundo Aristóteles e Galeno – eis mais um punhado de preconceitos contra o feminino.


O impulso utópico que varreu os anos 60 traz a cor feminina das grandes mutações, e com ela a revolução sexual. Depois, tornam-se visíveis as utopias unissexuadas: a utopia determinista da clonagem reprodutiva em que os homens já não são necessários; a utopia masculina que fantasma passar sem as mulheres na reprodução.


O ciberfeminismo é hoje um terreno em que de forma inédita a questão do “género” se coloca de uma forma radical. As teologias feministas estão a redefinir muitos dos conceitos que a teologia “masculina” impôs como únicos. O interesse político pelas questões relativas à mulher gozam de um interesse nunca antes visto, quer nos Relatórios sobre Desenvolvimento Mundial, quer nas metas das Nações Unidas. Porquê? Estaremos a deixar de ser humanos?


Em muitos mundos se compreende a realidade pela oposição entre masculino e feminino: na Alquimia, claro, mas também na electricidade, na Botânica, na Zoologia, e nas colectividades humanas. Em algumas, já os sexos são mais de dois, dois os principais géneros, ou biliões deles, se por tal entendermos que todos temos direito a “fazer género”.


Portugal sempre viveu no feminino. Existe um matriarcado nacional «por mais que isto custe às feministas», diz Maria Belo. A família tem na vida portuguesa e, em particular, a mãe, um peso imenso. Como estamos, em matéria de direitos da mulher, por esse mundo fora, da China à Europa, e da África ao Irão? E desde a Igreja Católica até à Maçonaria Regular? De que espaços a mulher é tradicionalmente excluída?
E que tem a mulher feito pela sociedade, pela religião, pela arte e pela cultura, além do que se lhe atribui como específico? Bataille alça a mulher dissoluta à altura de Deus. Para Lacan, a Mulher é um dos nomes de Deus. Para Freud, a religião é como uma mulher de 30 anos. Qual é então o espectro da presença da mulher, que forças lhe dão a aura que os tempos lhe atribuem? Que medos, que fantasmas evoca? Que Messias anuncia? – eis mais um milhar de tópicos a desenvolver no colóquio.


Contactos:
ISTA:José Augusto Mourão (Presidente)
[email protected]
CICTSUL:Elisa Maia (Direcção) - [email protected]
Isabel Serra (Direcção) - [email protected]
TRIPLOV:Maria Estela Guedes (Direcção) – [email protected]




VII Colóquio Internacional


Comunicações
Revisitando Casablanca de Michael Curtiz Por Helena & Eduardo Langrouva


O feminino em Maria do Pilar Osório, Viscondessa de Britiande: Por Maria Estela Guedes


A Grande Mãe e a via lunarPor José Medeiros


Iniciação Feminina: astrológica, mágica, alquímico-hermética ou cabalística? por António de Macedo


Presença do Feminino nos Relatos de Viajantes: Caminha, Vespúcio e Carvajal Por Gledson Sousa


Lançamento de "Máscaras", com textos de Francisco Proença Garcia, Floriano Martins, José Augusto Mourão, Reinhard Huamán Mori & Maria Estela Guedes, numa edição da Apenas Livros Lda

no Salão Nobre da Câmara Municipal de Lamego

23 de Junho. 19 horas

Apresentação: Major Miguel Garcia



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