A peça A Filha Rebelde sobre a filha do ex-director da PIDE vai hoje a julgamento. A nossa solidariedade aos acusados e às vítimas de Silva Pais
Ciências Humanas e Sociais

A peça A Filha Rebelde sobre a filha do ex-director da PIDE vai hoje a julgamento. A nossa solidariedade aos acusados e às vítimas de Silva Pais




Começa hoje, terça-feira, 3 de Maio de 2011 o julgamento da autora da peça de teatro "A Filha Rebelde" e dois antigos directores do Teatro Nacional D. Maria II ( Margarida Fonseca Santos, autora da adaptação, e Carlos Fragateiro e José Manuel Castanheira, ex-directores do Nacional D. Maria II), acusados dos crimes de difamação e ofensa à memória de Silva Pais, falecido director da PIDE.

Por ser considerada uma queixa de âmbito privado, por ser uma injúria, o Ministério Público (MP) demarcou-se do processo, não acompanhando a acusação.


A peça é a adaptação ao teatro do livro "A Filha Rebelde", da autoria de José Pedro Castanheira e Valdemar Cruz, levada à cena no Teatro D. Maria II, em 2007, com encenação de Helena Pimenta.

Os sobrinhos de Silva Pais, falecido em janeiro de 1981, pedem uma indemnização de 30.000 euros.

Os autores da ação judicial são Carlos Alberto Mano Silva Pais, a residir em Zurique, e Berta Maria Mano da Silva Pais Ribeiro, que mora em Portugal.

Julgamento no dia 3 de Maio, pelas 9h15, Lisboa, no 2º Juízo Criminal, 3ª Secção, Avenida D. João II, 10801 - Edifício B. Parque das Nações.

Recorde-se que A Filha Rebelde é o título do livro de José Pedro Castanheira e Valdemar Cruz que trata da biografia da filha rebelde do conhecido Director da PIDE/DGS, Silva Pais, onde se fala da história de Annie, uma mulher corajosa, que se emancipa do meio social protegido onde sempre viveu, e que em 1965 parte para Cuba ,solidária com a revolução cubana. Uma aventura Esta aventura que se estende ao longo do tempo, com a queda do regime ditatorial em Portugal, a prisão e morte de Silva Pais, assim como a participação de Annie na 5ª Divisão do MFA entre outras facetas.

Pungente o retrato dos últimos dias de Annie, em Cuba, o seu esquecimento por todos e o da sua mãe, Armanda que lhe sobrevive, uma idosa sozinha no Bairro das Colónias, vendendo os seus ouro, acompanhada apenas por memórias que marcam a história da família Palhota Silva Pais.



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