Ciências Humanas e Sociais
A aventura de contar-se: Feminismos, escrita de si e invenções da subjetividade
A aventura de contar-se: Feminismos, escrita de si e invenções da subjetividade
Margareth Rago, Ed. Editora da Unicamp
A mais recente obra de Margareth Rago aborda a história de algumas vidas singulares e extraordinárias: sete feministas narram suas descobertas, experimentações, desejos e o que precisaram deixar para trás em nome de uma liberação feminina urgente para sua geração. Nascidas na década de 1940 e muito diferentes entre si, elas são unidas por suas marcantes experiências éticas e por uma vinculação à esquerda, ainda que tenham rompido com a militância político-partidária e criado novas práticas subjetivas e políticas.
Rago destaca as histórias das irmãs Amélia Teles e Criméia Schmidt, fundadoras da União de Mulheres de São Paulo, ativistas e membros da Comissão dos Familiares dos Mortos e Desaparecidos Políticos da ditadura militar brasileira. Também contempla as biografias de Gabriela Leite, líder da Davida, organização pioneira em promover a cidadania das prostitutas, que tece críticas às práticas misóginas do cotidiano, e de Ivone Gebara, teóloga que reinventa a relação com a religião católica, criticando dogmas patriarcais.
Relê ainda as trajetórias de Maria Lygia Quartim de Moraes, socióloga que investiga os feminismos brasileiros indicando espaços de sensibilidade e de ruptura com o instituído, e de Tânia Swain, intelectual que frisa a importância da transformação de nossas práticas epistemológicas e teóricas para ressaltar outras dimensões do humano. Por fim, relata a vida de Norma Telles, antropóloga e pesquisadora das artes e da literatura de mulheres, que evidencia o potencial libertário dos atos de criação.
Ousadas, subversivas e corajosas, essas mulheres nos convidam às aventuras cotidianas, muitas vezes sutis, nas quais subjaz o contínuo trabalho de constituição de si e de criação de novos modos de existência. Pela trama intensa e acurada de Rago nos aproximamos da história do feminismo no Brasil, compreendendo seus fortes aspectos de liberdade e ética.
Luana TvardovskasDoutora em História pela Unicamp
Le Monde Diplomatique Brasil
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