25 de Abril: para que ninguém se esqueça
Ciências Humanas e Sociais

25 de Abril: para que ninguém se esqueça


O 25 de Abril representa a queda da ditadura fascista, o fim da polícia política, o fim das guerras coloniais. É preciso que ninguém se esqueça.



No 25 de Abril de 1974 dá-se a queda da ditadura de Salazar e Marcelo. Um regime fascista que durou quase 50 anos ( de 1926 até 1974).

Antes de !974 não havia liberdade de reunião, de associação, de imprensa, nem de expressão. A censura cortava a livre crítica e a livre expressão das ideias.

Não era permitido o Divórcio e eram obrigatórias as aulas de Religião e Moral. O Estado Português tinha uma religião oficial: o catolicismo.
Existia a figura do “Chefe de Família” reservado ao Marido em relação ao qual a mulher e os filhos tinham um estatuto inferior.

Registava-se uma emigração enorme de Portugueses para o exterior à procura de melhores condições de vida, já que no nosso país, grande parte da população vivia na miséria. ( dizia-se que Paris era a segunda maior cidade portuguesa tal era quantidade de portugueses que passaram a viver naquela cidade)

As raparigas dos liceus (hoje, as escolas secundárias) andavam de bata, e havia distinção entre escolas masculinas e escolas femininas.

Os rapazes , chegados aos 18 anos, eram mobilizados para as Guerras Coloniais e lá passavam 4 anos, que era o tempo médio que durava o serviço militar obrigatório. Ou seja: os melhores anos de juventude eram passados na tropa.

Por isso, cada vez mais, havia exilados no estrangeiro.

Muitos cursos e matérias estavam interditos: as ciências sociais e humanas eram vistas como perigosas.

Não era possível ver certos filmes, e os que passavam nas salas sofriam frequentemente cortes da Censura.

Vivia-se num ambiente fechado, com usos e costumes tradicionalistas

Não havia liberdade sindical. E os poucos sindicatos eram sindicatos do Regime com os apaniguados do governo. Também havia associações profissionais que reuniam patrões e trabalhadores, com estes sob a tutela daqueles.

A polícia política (PIDE) perseguia, prendia, torturava e executava os oposicionistas políticos. Eram feitos julgamentos-farsa, sem qualquer garantia de defesa para os acusados.

A Economia era controlada pelos grupos económicos que pertenciam a grandes famílias devidamente protegidas pelo Regime político.


O 25 de Abril de 1974 foi um golpe militar realizado por oficiais de médias patentes (capitães e majores) descontentes com a guerra colonial e o regime ditatorial.
Era tal a sede de liberdade que o golpe militar foi apoiado por grande número de pessoas que logo saíram à rua, se bem que a população em geral continuasse muito apática tal era a passividade e o tradicionalismo em que tinha sido educada durante a ditadura.


Na linha do movimento hippie dos anos 60, das movimentações estudantis de Maio 68 e da contestação dos jovens americanos contra a guerra do Vietname havia no Portugal de 1974 bastante aceitação das ideias libertárias. Mas uma aceitação difusa. Em Maio de 1974 foi convocada no Porto uma manifestação anarquista pela libertação dos homossexuais. Criaram-se Comunas ( hoje, Squats) quer em Lisboa quer no Porto inspiradas no ideário libertário. Os antigos militantes anarco-sindicalistas começaram também a reogarnizarem-se. Realizou-se um comício Anarquista na “Voz do Operário” no dia 19 de Julho de 1974 a assinalar a “Revolução Espanhola”. A imprensa anarquista e/ou libertária reaparece: A Ideia, A Batalha, Combate, A Voz Anarquista, etc.






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